quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Feliz Natal 2020!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Opinião :: O Regresso | Victoria Hislop
Setenta anos antes, o café era a casa da unida família Ramirez. Em 1936, um golpe militar liderado por Franco destrói a frágil paz do país e, no coração de Granada a família testemunha as maiores atrocidades do conflito. Divididos pela política e pela tragédia, todos têm de tomar uma posição, travando uma batalha pessoal enquanto a Espanha se autodestrói.
Cativante e profundamente comovente, o segundo romance de Victoria Hislop é tão inspirador como o seu romance de estreia e bestseller internacional, A Ilha.
Em O Regresso, encontramos Sonia Cameron, uma mulher inglesa que está a passar por problemas no casamento e que viaja com a amiga Maggie a Granada, em Espanha, com o objectivo de dançar salsa e encontrar um rumo. Lá, descobre o café El Barril e repara numa fotografia de uma mulher a dançar flamenco que lhe desperta a curiosidade. O dono do café, Miguel, ganha uma grande afinidade com Sonia e conta-lhe o passado da família Ramírez, que lá viveu 60 anos antes, quando deflagrou a Guerra Civil Espanhola.
Miguel dá-lhe a conhecer a família Ramírez e a paixão da filha Mercedes pelo flamenco. Este estilo de dança tão característico de Granada fez com que Mercedes conhecesse Javier, um guitarrista cigano, e se apaixonasse por ele. Mas, na altura em que começou a Guerra, toda a família levou caminhos diferentes e é nesses relatos que a maior parte do livro se centra.
Inicialmente, pensei que iria conhecer mais a história de Sonia, mas grande parte da narrativa recua aos anos 30 e à História de Espanha. O livro tornou-se mais denso nessa parte e custou-me bastante avançar na leitura, pela informação que continha. Os relatos de guerra são explícitos e a tristeza apoderou-se das personagens – e de mim.
No meio das guerras, existem sempre histórias de amor. A de Mercedes e Javier foi especial e diferente pelo destino que teve. Fiquei triste mas também emocionada pelo desfecho, pois nem sempre existe um final perfeito. Mas a descoberta deste final culmina com o final do livro, e isso fez-me entender a razão do título ser O Regresso.
Acabei por adorar a história, apesar de ter sido um livro exigente de ler. Foi um livro repleto de informação histórica sobre Espanha e é muito interessante. Aconselho a leitura deste livro sem grandes pressas e a quem gosta de romances históricos.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Livro recebido :: "Pégaso"
Para sobreviver, têm de fugir para a América. Os únicos bens que Nicolas e os filhos podem levar são oito cavalos de raça pura, dois deles deslumbrantes Lipizanos oferecidos por Alex. Essas criaturas magníficas permitem o acesso a uma nova vida, garantindo a Nicolas um emprego no famoso circo Ringling Brothers. Ele e o seu famoso cavalo branco, Pégaso, tornam-se a peça central do espetáculo e não tarda a que uma jovem e graciosa trapezista lhe roube o coração.
Com o passar dos anos de guerra, Nicolas esforça-se por se adaptar à sua nova vida, ao passo que Alex e a filha enfrentam um perigo crescente na Europa. Enquanto a tragédia se alastra, o que acontecerá a cada família quando a sua felicidade estiver nas mãos do destino?
Uma belíssima história sobre o destino de duas famílias que nunca deviam ter-se separado e cujo poderoso vínculo as manterá unidas para sempre.
sábado, 21 de novembro de 2020
Opinião :: Um Brinde à Morte | Agatha Christie
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Livro recebido :: "Desejos do Coração"
domingo, 8 de novembro de 2020
Opinião :: Véu Rasgado | Carmen bin Ladin
Carmen bin Ladin nasceu na Suíça e é filha de pai suíço e de mãe iraniana. Na Suíça, conheceu e apaixonou-se por Yeslam bin Laden, casando-se e mudando-se mais tarde com ele para a Arábia Saudita. Assim, neste livro, ela conta a sua história desde a infância e a vida que teve depois de se casar com Yeslam.
Yeslam era um dos cinquenta e quatro filhos de um dos vinte e três casamentos de Mohammed bin Laden, um homem que Carmen diz ser fascinante, mas que faleceu num acidente de avião em 1967. Yeslam era irmão de Osama bin Laden, mas de mães diferentes.
Carmen explica que segue a religião católica e tem uma vida ao estilo europeu, prezando a liberdade e todas as oportunidades que os países ocidentais oferecem. No entanto, quando se mudou para a Arábia Saudita, deparou-se com uma cultura fechada e extremamente rígida para com as mulheres, apesar de o seu marido ser mais liberal com ela. Lutou com unhas e dentes por pequenas mudanças na sociedade, mas em vão.
O livro centra-se, então, na visão de Carmen sobre a cultura saudita e explica todos os pormenores da mesma, que nos deixa perplexos com certos aspectos. De facto, trata-se de uma cultura antiquada e hipócrita, sem razão de ser. Mesmo em família, havia regras muito duras a respeitar; os homens eram rígidos e as mulheres eram submissas e limitadas. Carmen viu-se, por vezes, sem escapatória daquele mundo, preocupando-se com o futuro das filhas e com o seu também, mas conseguiu dar a volta.
O livro tem também fotos que retratam a vida de Carmen e as pessoas e os acontecimentos mencionados ao longo do livro.
Quando terminei de ler, pensei que fosse encontrar mais pormenores acerca do pós-atentado, mas retive bem a ideia da autora de dar relevância ao seu desejo e tentativa de manter a dignidade e valores, mesmo lidando com um marido cada vez mais rígido com ela e com as filhas. Carmen mostrou-se uma mulher de ideias fixas, muito inteligente e capaz de superar as maiores dificuldades.
Esta é uma biografia muito interessante que dá a conhecer uma das mais estranhas e extremistas culturas do mundo.
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Campanha :: A WOOK devolve 100% do que comprar!
domingo, 1 de novembro de 2020
Campanha :: Dia 2 de Novembro, há 20% de desconto imediato na Bertand!
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Opinião :: Ética com Razões | Pedro Galvão
Nesta obra, Pedro Galvão esmiuça os temas do aborto, da eutanásia e dos direitos dos animais segundo várias visões filosóficas, para que possamos reflectir sobre eles e chegar às nossas conclusões com argumentos fundamentados.
Pessoalmente, a Filosofia nunca foi uma área que me agradasse, se bem que gosto de pensar e de ter a minha opinião sobre qualquer assunto, desde que o conheça e tenha os meus argumentos. Neste caso, os temas são muito actuais e já várias vezes foram falados nos meios de comunicação. Como sempre, surgem vários prós e contras e, pelo menos eu, por vezes nem sei bem afinal em que é que concordo. Contudo, com este livro, fui capaz de perceber melhor vários pontos de vista e de pensar segundo alguns filósofos que o autor mencionou. Este também apresentou algumas premissas que ajudaram a verificar se determinado argumento é realmente válido ou não.
Em conclusão, reparei que a opinião do autor é semelhante à minha nos três assuntos. Estes também estão interligados e muito bem desenvolvidos por Pedro Galvão. De facto, é importante conhecermos as realidades que vivemos diariamente e construirmos a nossa opinião com a informação a que temos acesso.
Penso que este ensaio é muito pertinente e de leitura essencial para quem se interessar por estes temas.
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Resultado Passatempo :: Desapego #1
Viva! Terminado o prazo para concorrerem para o livro A Escolhida, de J. R. Ward, chegou a hora de divulgar o/a vencedor(a) do passatempo.
Foram 10 os participantes e o Random decidiu que seria sorteado o número...
... que corresponde ao comentário de...
Parabéns, Encarnação! Para que lhe possa enviar o livro, peço-lhe que me envie um email para momentosliterariosml@gmail.com ou mensagem privada para o Facebook do blogue.
Agradeço a todos os participantes e espero que continuem por aí, pois haverá mais passatempos brevemente!
sábado, 17 de outubro de 2020
Opinião :: Tríptico | Karin Slaughter
O título Tríptico é uma analogia perfeita ao assunto do livro, estando este ser dividido em três partes.
De início, deparamo-nos com um crime macabro: o assassínio de uma prostituta, violada e mutilada, cujo pormenor mais relevante é o de a sua língua ter sido arrancada. Este crime relaciona-se com outros ataques violentos, de contornos semelhantes, principalmente com um crime que aconteceu cerca de vinte anos antes.
Na segunda parte, conhecemos John Shelley, recentemente libertado de uma condenação de vinte anos por ter violado e assassinado a jovem Mary Alice, nos anos 80. Nesta parte, acompanhamos também a (tentativa de) adaptação à sua nova vida de liberdade, recordando cruelmente as suas vivências na prisão.
A terceira parte, que abrange a maior parte do livro, é onde podemos seguir as investigações por parte de Michael Ormewood, Will Trent e Angie Polaski, além de que conhecemos melhor cada um deles e começamos a perceber as ligações que existem entre as personagens.
Demorei demasiado tempo a ler este livro. De início, não me apercebi do impacto que esta história iria ter sobre mim, por isso não lhe prestei a devida atenção. Arrastei demasiado a leitura no início e no final senti a necessidade de o devorar! O criminoso é precocemente desvendado, mas tal não estragou o suspense, pois assim quis ver como é que os investigadores iriam descobrir! 🔎
As personagens são todas diferentes umas das outras, cada uma com a sua história de vida, problemas e obrigações. Mas adorei conhecer o que as ligava e o que as fazia amar-se ou odiar-se.
O que mais me marcou na história foi o facto de haver a possibilidade de alguém ser culpado de algo tão grave que o leva a passar a maior parte da sua vida na prisão, a sofrer todos os dias mental e fisicamente, e conseguir aguentar. Como é que se refaz uma vida perdida? Além disso, marcou-me também a narrativa macabra dos crimes que o verdadeiro culpado realizou, que me deixou angustiada e a desejar que aquilo parasse...
O livro vale realmente a pena ser lido! É viciante! 😉
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Livro recebido :: "O quarto de Giovanni"
Um postal anuncia o inevitável: a noiva estará de volta a Paris. O regresso exige que David escolha entre a normalidade de uma vida segura com Hella e a incerteza de um futuro ao lado de Giovanni, todo ele coração, força e instinto. A decisão do americano culminará numa tragédia inimaginável.
Impregnada de paixão, arrependimento e desejo, esta é a história de um trágico triângulo amoroso. E uma obra de culto merecido, que questiona a identidade de vários ângulos. Ao publicá-la em 1956, Baldwin quebrou mais do que um tabu: era um escritor negro a escrever sobre o amor entre dois homens brancos. O seu editor aconselhou-o a queimar o manuscrito, mas volvido este tempo O quarto de Giovanni é uma das obras mais célebres de Baldwin.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Opinião :: Regresso a Casa | José Luís Peixoto
O novo livro de José Luís Peixoto fala-nos das quatro paredes de uma casa - e de todas as suas recordações em tempo de pandemia. Evoca a solidão, o isolamento, as portas fechadas, mas também a solidariedade das recordações: a mãe, o pai, os aromas, a família, a aldeia, o amor. Há espaço para a recordação da infância como para a peregrinação pelo mundo inteiro, como um Ulisses em viagem perpétua, rodeado de objetos próximos e voltado para dentro, para o lugar onde se regressa sempre: a casa.
A obra é pequena (pouco mais de 100 páginas) e nela encontramos poemas escritos durante a quarentena, que todos vivemos este ano, repletos de memórias sobre a família, sentimentos e as suas viagens pela Ásia.
Um dos poemas de que mais gostei. |
Regresso a Casa é o título ideal para esta obra. Numa altura em que a casa é, mais do que nunca, um lugar de conforto e de protecção, a verdade é que, como escreve o autor, «um nómada de quarentena nunca pára de viajar». E qual é realmente a nossa casa? São aquelas paredes que nos abrigam ou o lugar que consideramos como lar?
Este é um livro que se lê muito bem, mas convém absorver todas as palavras escritas. É um livro para reflectir e deixar-se levar. Simplesmente adorei.
Tenho de ler outros livros do autor. ❕
sábado, 10 de outubro de 2020
Passatempo :: Desapego #1
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Opinião :: O Silêncio da Alma | José Carlos Rodrigues
Sinopse:
José Carlos Rodrigues é um poeta e, nestes textos isolados, não perde a essência de poesia. Através de inúmeras metáforas, o autor fala sobre o amor que sente por uma mulher, bem como do seu percurso de escritor e também sobre o seu pai. Nas suas palavras, sinto amor, ternura e uma necessidade imensa de deixar escrito tudo o que lhe existe na alma. Talvez por isso, o título O Silêncio da Alma assente como uma luva nesta obra.
Gostei muito de conhecer este livro, que foi o primeiro que li de José Carlos Rodrigues, e de conhecer a sua escrita. Houve certos textos que me marcaram mais, tais como: Anjo Selvagem, Desgosto de Amor, Loucamente Resgatado e Pai. Foi uma boa descoberta e é um livro que se lê bem e descontraidamente.
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Livro recebido :: "Tudo Por Amor"
De um momento para o outro, as suas convicções desabam, o desejo de justiça pelas próprias mãos vem à superfície e as consequências são imprevisíveis.
sábado, 26 de setembro de 2020
Opinião :: Procuro-te | Lesley Pearse
Autora: Lesley Pearse
Editora: Edições ASA
Ano: 2015 (10.ª edição)
Comprar: Bertrand | WOOK
Sinopse:
Na ânsia por saber mais sobre Ellen, a sua mãe biológica, e à medida que vai desvendando a história da família, Daisy descobre as duras verdades por detrás do seu nascimento. Dotada de uma inabalável determinação, Ellen sobrevivera a uma infância traumática: a morte da sua própria mãe estava envolta numa aura de mistério e os maus-tratos de que fora vítima às mãos da madrasta haviam-na marcado irremediavelmente. O destino quis que a sua coragem fosse constantemente posta à prova. O tempo encarregou-se de apagar o rumo dos seus passos.
Ao longo do livro, percebemos a vida que esta família levou e as dificuldades que tiveram. Conhecemos o rumo de Ellen depois de dar à luz a sua filha, bem como o de Josie, que vai para Londres e se torna uma modelo excêntrica e, posteriormente, com problemas.
Mais para o final do livro, voltamos a Daisy e a uma reviravolta que me deixou boquiaberta e desejosa de descobrir o que realmente aconteceu. Foram as páginas finais que mais me prenderam e fizeram com que a história valesse a pena.
A certa altura da leitura, recordei uma personagem crucial no início da história e que nunca mais foi abordada, mas no final houve referência a ela e fiquei mais contente por não ter sido esquecida.
Em suma, adorei este livro! Fiquei mesmo animada com a leitura, pois encontrei mistério, romance, crime e um final feliz num livro só! Penso que é um dos meus favoritos de Lesley Pearse. 😊
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Feira do Livro do Porto 2020 + Aquisições
Viva! De 27 de Agosto a 13 de Setembro, decorreram as feiras do livro de Lisboa e do Porto e eu não pude deixar de visitar a da minha cidade! Fui no último dia à feira com o Miguel e passámos lá um bom bocado a ver as barraquinhas e a vasculhar os livros que chamavam mais a atenção. No final, acabámos por trazer quatro livros: eu comprei dois, o Miguel comprou um e também me ofereceu outro.
Quando lhe apresentam provas de haver um oficial britânico a assassinar mulheres maltesas, Max tem, melhor do que ninguém, noção das consequências desastrosas que tal revelação acarretaria. Enquanto a violência dos ataques à ilha cresce de dia para dia, Max embarca numa investigação, à revelia de ordens superiores, às escondidas dos amigos e da mulher que ama.
Max sente-se, contudo, dividido entre princípios morais e o dever patriótico durante os seus esforços para descobrir o assassino… uma personagem esquiva, sempre um passo à frente do seu perseguidor.
Riley Purefoy alista-se no exército durante a I Guerra Mundial para se ver no meio do pesadelo das transformações do século XX. Enquanto Riley e o seu comandante, Peter Locke, lutam pelo seu país e pela própria vida nas trincheiras da Flandres, a adorável e ingénua mulher de Peter, Julia, e Rose, prima dele, aguardam ansiosamente o seu regresso. Mas o homem taciturno e distante que regressa a casa de licença não é o Peter que conheciam. Com apenas 18 anos quando a guerra começa, Nadine e Riley querem fazer promessas um ao outro - mas como podem fazê-lo se o futuro não está nas suas mãos? A paixão da juventude está do seu lado, mas a sua lealdade é posta à prova por um terrível ferimento e pela reabilitação necessariamente imperfeita que se segue.
Situado em Ypres, em Londres e em Paris, este romance emocionalmente rico e evocativo é uma poderosa exploração dos efeitos perenes da guerra sobre os que combatem - e os que não combatem - e um testemunho pungente do poder do amor duradouro.
É socorrida por um polícia que acabara de chegar a Los Angeles. Alguns dias mais tarde, é apanhada de surpresa ao ser finalmente identificada pelo marido, nada mais, nada menos do que Alex Rivers, o famoso actor de Hollywood.
Cassie fica deslumbrada pelo conto de fadas que está a viver. Mas nem tudo parece correcto e algo obscuro e perturbador se esconde por detrás daquela fachada de glamour. E é só quando a sua memória começa gradualmente a regressar que a sua vida de cenário perfeito se desmorona e Cassie enfrenta a necessidade de fazer escolhas que nunca sonhou ter de fazer.
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
Opinião :: Maré de Sorte | Agatha Christie
Dois anos corridos, e depois de a família Cloade estar na penúria e de cravar dinheiro a Rosaleen, surge repentinamente um tal de Enoch Arden, dizendo que Robert Underhay está vivo. Entretanto surgem chantagens e os crimes acontecem, e é aí que Hercule Poirot entra em acção.
O livro é bastante desenvolvido (a própria obra contém dois livros) e há sempre pormenores a revelar. Fiquei muito empolgada com a leitura e ainda mais na altura de descobrir o que realmente aconteceu. Eu comecei a desconfiar de várias pessoas e estava mesmo a acreditar que tinha descoberto, mas houve uma reviravolta que mudou tudo.
Hercule Poirot desvenda o mistério de uma forma inusitada; e penso que isso revela o estado psicológico das personagens que o ouviram. E por falar em psicológico, o epílogo surpreendeu-me pela negativa. Das duas, uma: essas três páginas poderiam não existir ou poderia haver uma continuação para saber o que iria advir daquilo, pois é revoltante...
Não obstante, todo o livro foi surpreendente e bastante complexo. É preciso estar atento à leitura para não escapar nada, mas Agatha Christie sabe como manter o leitor agarrado ao livro até ao final!
terça-feira, 25 de agosto de 2020
Opinião :: Daisy Miller | Henry James
Nas opulentas estâncias de veraneio europeias, os americanos que se encontram na Europa mantêm-se fiéis aos seus velhos costumes e tradições. Daisy Miller, com a sua franca honestidade e inocência de espírito, é desprezada por estes. Até mesmo para Winterbourne, o jovem “estudante” americano que conhece nas margens do Lago Genebra, ela é desregrada e, embora atraído para ela, sente que Daisy é demasiado dissoluta para uma sociedade requintada.
A arrebatadora ingenuidade e liberalidade de Daisy Miller criam nesta obra um quadro inesquecível duma época que criou no nosso imaginário uma visão de Romantismo e Elegância.
Daisy Miller trata-se de uma jovem americana que está de
visita à Europa, com a sua mãe e irmão, e conhece um jovem também
americano, Mr. Winterbourne, em Genebra. Perante a forma de ser, de
estar e de falar de Daisy, ela é vista como desregrada e inconveniente.
Daisy
é uma jovem mulher de ideias fixas e muito avançada para a época em que
vive (século XIX), sendo criticada por todos os que a conhecem ou pelos
que a vêem.
O final foi trágico mas surge então uma moral, já
que o futuro das personagens poderia ter sido diferente se tivessem
outra mentalidade ou até se vivessem na América, já que existia uma
certa disparidade entre as sociedades americana e europeia.
A
leitura é interessante para perceber um pouco as ideias que existiam no
século XIX. Contudo, a minha disposição para esta leitura não foi a
maior e não desfrutei como gostaria. Talvez numa próxima altura releia o
livro para o ler como deve ser.
sábado, 22 de agosto de 2020
Livro recebido :: "A Casa Alemã"
Autora: Annette Hess
Editora: Bertrand Editora
Para Eva Bruhn, de 24 anos, a Segunda Guerra Mundial não passa de uma recordação nublosa da infância. Com o noivo Jürgen Schoormann sonha iniciar uma nova etapa na sua vida. Porém, tudo muda quando, no julgamento dos responsáveis pelo campo de concentração de Auschwitz, um investigador americano, David Miller, a contrata para traduzir as entrevistas das vítimas.
Os pais de Eva, donos do restaurante que dá título ao livro, opõem-se a este trabalho, mas a insaciável curiosidade de Eva leva-a a aceitar o desafio. Enquanto ouve os depoimentos, não pode deixar de pensar na sua família.
Porque é que os pais nunca falam do tempo da guerra?
E porque é que o seu noivo se nega a ser confrontado com o passado?
Uma história apaixonante, baseada em factos reais, pela voz de uma jovem tradutora alemã que, ao ouvir os horrores impensáveis de Auschwitz, se confronta com a história da sua família e do seu país.
quarta-feira, 19 de agosto de 2020
Opinião :: O Carteiro de Auschwitz | Joe Rosenblum
Uma confiança inabalável, uma bondade sem limites, um exemplo perfeito de bravura e caráter.
Joe Rosenblum era ainda criança quando assistiu à invasão nazi da sua pequena cidade na Polónia. Foi por pouco que escapou à execução em massa de que foi vítima o irmão. Joe mudou-se primeiro para uma quinta, onde trabalhou, e cujos proprietários o protegeram e o ajudaram a prover o sustento da família durante algum tempo. Depois, viu-se obrigado a refugiar-se junto de ex-prisioneiros russos. a sua inacreditável jornada de sobrevivência começa após ser capturado pelos alemães.
O mensageiro secreto que sobreviveu ao campo de concentração mais terrível da história.
Inteligente, criativo e extremamente pragmático, Joe desafiou a morte, transportou a esperança e deu um exemplo perfeito de humanidade, otimismo e perseverança. com uma bondade sem limites, ele entregou mensagens secretas aos prisioneiros, salvou crianças da câmara de gás e devolveu a luz e a esperança ao coração dos homens num dos períodos mais terríveis da história mundial.
Uma poderosa mensagem de fé e esperança na humanidade.
O livro é um relato na primeira pessoa de um sobrevivente de Auschwitz. Joe Rosenblum conta sem papas na língua tudo o que passou, sofreu, viu, fez e aguentou.
Demorei cerca de três semanas para ler o livro. Foi, em parte, alguma falta de tempo, nas foi principalmente a densidade da narrativa. Senti que estava a ler um livro de terror, que infelizmente foi real.
É impossível tentarmos colocar-nos no lugar de quem sobreviveu e foi capaz de relatar a sua experiência. É impossível compreender a razão de semelhante ódio perante os judeus e todos os que não eram arianos. É impossível imaginar o rebaixamento que todas as vítimas sentiram ao serem tratadas de forma inumana. Mas é possível evitar que tudo isto volte a acontecer.
Apesar das dificuldades em sobreviver, Joe Rosenblum mostrou ser uma pessoa optimista e ajudou muita gente sempre que pôde. Ele teve alguma sorte, pois era loiro e tinha olhos azuis, mas a sorte também se constrói e ele nunca desistiu de lutar pela vida, mesmo tendo estado perto da morte várias vezes.
Fico feliz por ele posteriormente ter vivido uma vida digna e por ter conseguido escrever o seu testemunho, para que todos nós pudéssemos perceber um pouco mais do que se passou naqueles terríveis anos.
Foi um livro que me marcou muito. Foi chocante, mas deveria ser de leitura obrigatória.
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
Visita à Livraria Bertrand Chiado + Aquisição (2020)
Viva! Recentemente, gozei de uns dias de férias com o meu Miguel e pudemos visitar alguns sítios da zona Centro. Num desses dias, fomos a Lisboa (onde já não ia há nove anos) e, pela primeira vez, conheci melhor esta cidade. Sim, conto pelos dedos de uma mão as vezes que fui à nossa capital, e só desta vez vi Lisboa com olhos de ver. Foi também a oportunidade ideal para conhecer a livraria mais antiga do mundo: a Livraria Bertrand Chiado.
A livraria é simples mas encantadora. Adorei explorar cada recanto e também ver todas as promoções que lá havia. Como é óbvio, não saí de lá sem um livro comprado e com o carimbo da livraria!
Em A Rapariga de Auschwitz, vão conhecer a sua irmã e companheira de brincadeiras: Eva Schloss. Apesar de, ter sido levada para Auschwitz com apenas quinze anos, a sua história não terminou aí. Ela conseguiu sobreviver.
Este livro incrível é a memória viva dos acontecimentos que marcaram esse período tão dramático da história mundial.
Um relato lúcido e absorvente da vida no meio dos horrores da guerra, realçando o amor entre uma mãe e uma filha, e a força e a determinação que ajudaram a superar a mais profunda das noites.
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Revistas Somos Livros da Bertrand :: Verão 2020
Viva! Numa
recente ida a uma livraria Bertrand, peguei nas revistas Somos Livros
que esta disponibiliza aos clientes. Este número de Verão já saiu há algum tempo, mas tem algumas
entrevistas, inúmeras sugestões de leituras, várias dicas de promoções e
até jogos! Os mais miúdos também têm uma revista repleta de tópicos
interessantes que entretêm e ensinam muitas coisas.
Quer já tenham tido as vossas férias ou não, desejo-vos um bom resto de Verão, com muitos livros e diversão!
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Opinião :: O Fantasma de Canterville | Oscar Wilde
Mas não podia estar mais enganada. A história aparenta, de facto, começar com muito suspense, aquando da compra da mansão de Canterville pela família do ministro norte-americano. É-lhes logo dito que a casa está assombrada, mas eles não se preocupam com esse pormenor e decidem lá ficar. Até que ouvem barulhos e vêem o fantasma. No entanto, o encontro deles é de tal forma impensável que quem acaba por se sentir assustado é o fantasma!
O decorrer da história é o relato das peripécias por que o fantasma passa com os habitantes da casa, além dos seus pensamentos. E no final, acontece algo que lhe dá a paz de que tanto precisa.
A história lê-se muito bem e é muito divertida. O final também nos permite reflectir nos principais valores da vida, por isso traz uma boa moral.
Este livro foi uma boa descoberta e é uma excelente leitura para miúdos e graúdos!