Título: Véu Rasgado
Autora: Carmen bin Ladin
Editora: Círculo de Leitores
Ano: 2004
Sinopse:
Carmen Bin Ladin, nascida na Suíça de mãe iraniana e pai suíço, casou-se
em 1974 com Yeslam, um dos irmãos de Osama Bin Laden. Apaixonada por
aquele jovem exótico e refinado, filho de um dos homens mais ricos da
Arábia Saudita, acompanhou-o aos Estados Unidos, onde ele estudava numa
universidade americana. Foi lá que nasceu a primeira filha de ambos. No
entanto, a vida do casal muda drasticamente quando Yeslam acaba os
estudos e o casal se instala na Arábia Saudita. Carmen torna-se então
uma testemunha privilegiada da ascensão da Organização Bin Laden, uma
empresa tentacular estreitamente ligada à família real. Ao lado do
marido, procura vislumbrar os mínimos sinais de modernização do mundo
árabe. Em vão... Assiste pouco a pouco à fanatização crescente do país,
cujo exemplo mais evidente é o cunhado, Osama Bin laden, o líder da
Al-Qaeda. Então, decide partir para salvar as filhas da terrível
condição das mulheres na Arábia Saudita. Julgava poder passar uma
esponja no passado, refazer a sua vida em Genebra... Até ao 11 de
Setembro de 2001.
Opinião:
Fiquei muito curiosa em relação a este livro, uma vez que é o relato de
quem conviveu com a cultura saudita e com a família (o clã) de Osama bin
Laden, terrorista dos atentados de 11 de Setembro de 2001.
Carmen bin Ladin nasceu na Suíça e é filha de pai suíço e de mãe iraniana. Na Suíça, conheceu e apaixonou-se por Yeslam bin Laden, casando-se e mudando-se mais tarde com ele para a Arábia Saudita. Assim, neste livro, ela conta a sua história desde a infância e a vida que teve depois de se casar com Yeslam.
Yeslam era um dos cinquenta e quatro filhos de um dos vinte e três casamentos de Mohammed bin Laden, um homem que Carmen diz ser fascinante, mas que faleceu num acidente de avião em 1967. Yeslam era irmão de Osama bin Laden, mas de mães diferentes.
Carmen explica que segue a religião católica e tem uma vida ao estilo europeu, prezando a liberdade e todas as oportunidades que os países ocidentais oferecem. No entanto, quando se mudou para a Arábia Saudita, deparou-se com uma cultura fechada e extremamente rígida para com as mulheres, apesar de o seu marido ser mais liberal com ela. Lutou com unhas e dentes por pequenas mudanças na sociedade, mas em vão.
O livro centra-se, então, na visão de Carmen sobre a cultura saudita e explica todos os pormenores da mesma, que nos deixa perplexos com certos aspectos. De facto, trata-se de uma cultura antiquada e hipócrita, sem razão de ser. Mesmo em família, havia regras muito duras a respeitar; os homens eram rígidos e as mulheres eram submissas e limitadas. Carmen viu-se, por vezes, sem escapatória daquele mundo, preocupando-se com o futuro das filhas e com o seu também, mas conseguiu dar a volta.
O livro tem também fotos que retratam a vida de Carmen e as pessoas e os acontecimentos mencionados ao longo do livro.
Quando terminei de ler, pensei que fosse encontrar mais pormenores acerca do pós-atentado, mas retive bem a ideia da autora de dar relevância ao seu desejo e tentativa de manter a dignidade e valores, mesmo lidando com um marido cada vez mais rígido com ela e com as filhas. Carmen mostrou-se uma mulher de ideias fixas, muito inteligente e capaz de superar as maiores dificuldades.
Esta é uma biografia muito interessante que dá a conhecer uma das mais estranhas e extremistas culturas do mundo.
Carmen bin Ladin nasceu na Suíça e é filha de pai suíço e de mãe iraniana. Na Suíça, conheceu e apaixonou-se por Yeslam bin Laden, casando-se e mudando-se mais tarde com ele para a Arábia Saudita. Assim, neste livro, ela conta a sua história desde a infância e a vida que teve depois de se casar com Yeslam.
Yeslam era um dos cinquenta e quatro filhos de um dos vinte e três casamentos de Mohammed bin Laden, um homem que Carmen diz ser fascinante, mas que faleceu num acidente de avião em 1967. Yeslam era irmão de Osama bin Laden, mas de mães diferentes.
Carmen explica que segue a religião católica e tem uma vida ao estilo europeu, prezando a liberdade e todas as oportunidades que os países ocidentais oferecem. No entanto, quando se mudou para a Arábia Saudita, deparou-se com uma cultura fechada e extremamente rígida para com as mulheres, apesar de o seu marido ser mais liberal com ela. Lutou com unhas e dentes por pequenas mudanças na sociedade, mas em vão.
O livro centra-se, então, na visão de Carmen sobre a cultura saudita e explica todos os pormenores da mesma, que nos deixa perplexos com certos aspectos. De facto, trata-se de uma cultura antiquada e hipócrita, sem razão de ser. Mesmo em família, havia regras muito duras a respeitar; os homens eram rígidos e as mulheres eram submissas e limitadas. Carmen viu-se, por vezes, sem escapatória daquele mundo, preocupando-se com o futuro das filhas e com o seu também, mas conseguiu dar a volta.
O livro tem também fotos que retratam a vida de Carmen e as pessoas e os acontecimentos mencionados ao longo do livro.
Quando terminei de ler, pensei que fosse encontrar mais pormenores acerca do pós-atentado, mas retive bem a ideia da autora de dar relevância ao seu desejo e tentativa de manter a dignidade e valores, mesmo lidando com um marido cada vez mais rígido com ela e com as filhas. Carmen mostrou-se uma mulher de ideias fixas, muito inteligente e capaz de superar as maiores dificuldades.
Esta é uma biografia muito interessante que dá a conhecer uma das mais estranhas e extremistas culturas do mundo.
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