Autora: Kiran Desai
Editora: Porto Editora
Ano: 2007
Sinopse:
No nordeste dos Himalaias, numa casa isolada
no sopé do monte Kanchenjunga, vive Jemubhai, um velho juiz amargurado,
que tudo o que quer é reformar-se em paz, na companhia da única criatura
a quem é capaz de dar algum afecto, a cadela Mutt. No entanto, a
chegada inesperada da neta órfã, Sai, vai abalar o seu sossego,
obrigando-o a remexer as suas memórias e a repensar a sensação de
estranheza na própria pátria. Tudo isto se acentuará com o romance entre
Sai e Gyan, o seu explicador de matemática, um nepalês que se envolve
numa revolta que alterará inquestionavelmente a vida de Jemubhai.
Neste magnífico romance, vencedor do Booker Prize
2006, Desai como que cria uma tapeçaria em que todas as personagens
partilham uma herança comum de impotência e humilhação. E, com uma
mestria sublime, consegue, ao longo de toda esta poderosa saga familiar,
deixar sempre em aberto um desfecho de esperança ou de traição.
Numa escrita inesgotavelmente rica e complexa,
com rasgos de exotismo, a autora retrata temas tão actuais como a
globalização, o colonialismo, o racismo, o abismo entre pobres e ricos e
a imigração.
Opinião:
Exactamente um mês depois de ter começado a ler, consegui chegar ao fim
de A Herança do Vazio. Quando iniciei a leitura, apercebi-me de que
não iria ser um livro fácil. Admito que não me cativou o suficiente para
querer lê-lo mais rápido ou para gostar da história, por isso devo
dizer que não gostei muito do livro.
Não obstante, é um livro bom e capaz de transmitir a intensidade dos
problemas e dos sentimentos das personagens, sendo que consegui sentir alguma coisa (revolta, desespero,... q.b.!) durante a leitura.
Além disso, a história aborda alguns acontecimentos da História da Índia
e também mundial; penso que foi a primeira vez que li algo relativo à
Índia e adorei ler as descrições do ambiente e do espaço, neste caso nos Himalaias, ao lado do Nepal, e tão longe de mim!
Para mim não foi uma boa leitura, mas sei que é um livro bom e capaz de agradar muitos leitores.
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