Título: A Mãe Eterna
Autora: Betty Milan
Editora: Objectiva
Ano: 2017
Sinopse:
A filha está cansada de ver a mãe definhar, esgotada. Aos 98 anos, com a saúde debilitada, a mãe mal ouve e quase não vê. A filha, que se vê no papel de mãe da própria mãe questiona os médicos, as religiões, tudo. Para quê manter vivo alguém que já não vive?
A filha está cansada de ver a mãe definhar, esgotada. Aos 98 anos, com a saúde debilitada, a mãe mal ouve e quase não vê. A filha, que se vê no papel de mãe da própria mãe questiona os médicos, as religiões, tudo. Para quê manter vivo alguém que já não vive?
Num relato comovente, em forma de diário, a filha descreve as peripécias do dia-a-dia com a mãe; ao mesmo tempo, este diário é um escape, um desabafo e um apelo à mãe – a mãe imaginária, a que tinha e já não tem, a que lhe lia, que a escutava e acalentava.
A mãe que fazia o papel de mãe.
Um livro forte, uma reflexão gritante de tão actual, A MÃE ETERNA
apresenta-nos um dilema que mói a alma e nos faz questionar a vida, a
morte e a relação mãe-filha.
Opinião:
A Mãe Eterna é um relato emotivo dos últimos momentos de vida da mãe
de Betty Milan. Foi com especial carinho que li este diário e conheci
estas duas mulheres, que me fizeram recordar as minhas duas avós: também
na casa dos 90, definharam assustadoramente rápido e precisaram de
especiais cuidados, particularmente a minha avó materna. Tal como a
protagonista, esta minha avó foi cuidada por uma das filhas, durante
quase três anos, até ao fim. As minhas avós morreram com sete meses de
diferença, há cerca de dois anos.
Assim, posso dizer que revi a minha tia nestes textos e até na própria
autora; senti a angústia e as frustrações, mas ao mesmo tempo o amor
mútuo de mãe e filha e a dedicação até ao último segundo de vida. Apesar
da sombra da morte estar constantemente presente, este livro é uma
forma muito bonita de recordar quem partiu fisicamente mas que
permanecerá guardado nos nossos corações.
Um livro emocionante que reacende a saudade dos nossos entes já idos. Deveria ser lido por todos.
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