segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Visita à Livraria Bertrand Chiado + Aquisição (2022)

Viva! As minhas férias já passaram (a correr), mas aproveitei-as da melhor forma que consegui.
 
Este ano, fui com o Miguel e com mais um casal amigo para o Algarve, mas passámos por Lisboa no primeiro dia. Demos uma volta pela cidade e, como não podia deixar de ser, tive de fazer uma visita à Livraria Bertrand Chiado!

A minha primeira visita a esta livraria foi há dois anos e partilhei aqui a experiência. Achei a livraria maravilhosa e jurei a mim que iria lá voltar sempre que pudesse passar em Lisboa. Para quem tem a paixão pelos livros, a livraria é um refúgio do qual nunca se deseja sair; e esta, em particular, tem um encanto muito maior!
 

Nesta visita, que coincidiu com a segunda Segunda-feira do mês, aproveitei a campanha e comprei um livro com 50% de desconto em cartão. Se costumas comprar livros na Bertrand, deves saber que as segundas Segundas-feiras de cada mês são dias de descontos até 50% em cartão Bertrand, cujo saldo podes usar logo no dia seguinte. Esta campanha pode ser usufruída tanto em loja física como online e, como sempre, podes ir estando a par de tudo acedendo ao site através do meu ➡ link de afiliada ⬅; se comprares algum livro com este link, além de não pagares mais por isso, ajudas-me simbolicamente a trazer mais conteúdo ao blogue e a manter vivo este cantinho! 😊
 
Mas voltando à minha compra, o livro que trouxe foi Hotel Sunrise, de Victoria Hislop. Já li um livro da autora e gostei bastante e, como tanto a sinopse me agradou como a promoção, decidi comprar.
 
Título: Hotel Sunrise
Autora: Victoria Hislop
Editora: Porto Editora
Ano: 2015
 
Comprar: Bertrand | WOOK
 
Sinopse:
Famagusta, no Chipre, é uma cidade dourada pelo calor e pela sorte, o resort mais requisitado do Mediterrâneo. Um casal ambicioso decide abrir um hotel que prime pela sua exclusividade, onde gregos e cipriotas turcos trabalhem em harmonia.

Duas famílias vizinhas, os Georgious e os Özkans, encontram-se entre os muitos que se radicaram em Famagusta para fugir aos anos de inquietação e violência étnica que proliferam na ilha. No entanto, sob a fachada de
glamour e riqueza da cidade, a tensão ferve em lume brando…

Quando um golpe dos gregos lança a cidade no caos, o Chipre vê-se a braços com um conflito de proporções dramáticas. A Turquia avança para proteger a minoria cipriota turca e Famagusta sucumbe sob os bombardeamentos. Quarenta mil pessoas fogem dos avanços das tropas.

Na cidade deserta, restam apenas duas famílias. Esta é a sua história.

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Opinião :: Manhã | Adília Lopes

Título: Manhã
Autora: Adília Lopes
Editora: Assírio & Alvim
Ano: 2015
 
Comprar: Bertrand | WOOK
 
Sinopse:
«Manhã» é o mais recente livro de poemas de Adília Lopes. Começa com uma epígrafe lapidar de Alexandre O'Neill: «(Pesquisas fazem-se em casa, já dizia a minha avó, que era escritora)». Infância, memórias, momentos comoventes, desconcertantes ou paradoxais, como neste poema onde a autora nos fala de Palavras Caras:

«Em minha casa, detestávamos pessoas bem-falantes, palavras caras. De uma vez, apareceu a prima Maria Lucília a dizer já não sei porquê:
Fiquei muito confrangida.
Passámos a chamar-lhe
a confrangida.
Sempre que aparecia alguém na televisão a declamar poesia ou a falar de poesia, desligávamos a televisão.»
 
Opinião:
Os livros de poesia têm despertado em mim um gosto especial que antigamente não sentia. Tenho tido os livros de poesia como bons corta-sabores entre livros mais pesados ou até curadores de ressacas literárias. Por esta última razão, decidi ler Manhã.

Este é um livro de poesia extremamente leve, onde Adília Lopes escreve memórias da sua vida de uma forma muito própria. Não conhecia a sua escrita; de início, estranhei um pouco certos poemas – aliás, não lhes chamaria poemas, mas apenas textos soltos –, mas aos poucos os restantes foram-me cativando cada vez mais.

Gostei muito de certas partes. Algumas frases poderiam ter saído da minha boca ou simplesmente terem sido alguns pensamentos meus. Gostei muito da forma como Adília, na altura com cerca de 54 anos, dizia descomprometidamente que pensava como se ainda tivesse 4 anos. Essa forma de pensar trouxe ao livro uma ironia que por vezes me fez sorrir ao ler certas passagens.

Adorei o último texto Ler e estudar, onde Adília fala sobre o que gostava de ler e de como passava os seus tempos livres a estudar e a aprender coisas que, para a maioria dos jovens, não era interessante. Por essa razão, Adília diz que uma psicanalista estúpida lhe disse que ainda não tinha perdido muito tempo. E então, Adília termina desta forma:

«Não foi por estudar muito e por ler muito que adoeci dos nervos aos 21 anos, foi por viver num ambiente deprimente. O que me valeu foi ter estudado e lido muito. Estudar e ler é quase o melhor que há.»

Gostei muito de ler esta obra e de conhecer esta autora. E esta é uma prova de que os livros de poesia valem muito a pena serem lidos.