Título: As Visões de Simão
Autora: Marianne Fredriksson
Editora: Editorial Presença
Ano: 1999
Sinopse:
Entre
as neblinas que se erguem do mar e as névoas que velam as silhuetas dos
carvalhos, ao fundo do prado, um rapazinho moreno fala com as
personagens de um mundo que para ele são reais. Respondem-lhe. Ele
reencontrá-las-á muitos anos mais tarde e esse encontro será decisivo na
sua vida.
O romance passa-se na Suécia entre os anos 20 e 60 e este
menino virá a descobrir que foi adoptado por aqueles a quem chama pai e
mãe. Na escola, um dia, chamar-lhe-ão «porco judeu» e encontrará um
outro menino, Isak, que fora torturado por um grupo de jovens nazis, na
Alemanha. Crescerão juntos. O pai de Isak, Ruben, será também um pouco o
seu pai. Depois a sombra negra desaparecerá, mas deixará marcas
indeléveis nos jovens, então nessa idade tão cheia de perigos de
passagem para a adultícia. Simão partirá ao encontro do fascinante
mistério das suas origens, na orla dos bosques escandinavos onde a
realidade se confunde com a lenda, e saberá que foi gerado pelo amor
feito música.
Opinião:
Este foi um dos livros que adquiri na feira da Vandoma, cuja autora e obra desconhecia. Desde o início acreditei que não seria uma leitura fácil, mas estava mesmo curiosa em relação ao livro.
Este foi um dos livros que adquiri na feira da Vandoma, cuja autora e obra desconhecia. Desde o início acreditei que não seria uma leitura fácil, mas estava mesmo curiosa em relação ao livro.
A história decorre maioritariamente na Suécia, nos tempos da Segunda Guerra Mundial e tem como figura principal Simão, um menino com feições diferentes dos demais e judeu, além de que tem uma particular ligação às árvores e à música. Ao longo do livro, conhecemos a vida deste menino e da sua família, bem como da de Isak e da relação que estes terão durante a vida. Simão é sonhador e vamos seguindo as visões que vai tendo, que o ligarão à sua origem.
A história está repleta de natureza e de beleza nas palavras, apesar de relatar alguns marcos da História da Guerra. É possível acompanhar também o estado psicológico das personagens, quer tenha a ver com a guerra ou com a vida pessoal.
A leitura não foi muito fácil; por vezes, achei a narrativa muito complexa e difícil de compreender, pois nem sempre era directa, mas no fim tudo encaixou e tornou-se num bom livro. A forma de a autora escrever mostra a sua peculiaridade e a sua capacidade imaginativa. Acabei por ganhar carinho pelas personagens e isso é muito bom!
Em suma, apesar do tempo que levou a ser lido, foi um livro que mereceu ser descoberto!
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