Título: Flashback – Memórias Esquecidas
Autora: Orquídea Polónia
Editora: Chiado Editora
Ano: 2016
Sinopse:
“O ar estava carregado, os meus
sentidos alertavam-me que algo de negativo se passava lá. As paredes
altas de cimento davam-me a sensação de estar presa. O chão de madeira a
chiar debaixo de mim provocava-me arrepios.”
Após um misterioso acidente, Anabela acorda sem qualquer memória daquilo que teria sido a sua vida. Assim, vê-se envolvida num mar de incerteza e solidão, sem qualquer vestígio da pessoa que fora um dia. As suas novas amizades permitem-lhe ir descortinando o seu passado, encontrando toda uma vida prévia ao acidente: uma família, uma casa luxuosa e um marido. No entanto, aquilo que ela descobre também a coloca em perigo e as suas memórias tornam-se alarmes sonantes de um passado imperfeito. Deverá Anabela confiar na vida que tivera um dia e nas pessoas que lhe eram próximas? Ou deverá construir um novo caminho segundo o que lhe dita o coração?
Opinião:
Tenho de admitir que a sinopse deste livro é muito convidativa e
encheu-me de curiosidade para descobrir todo o mistério neste período da
vida de Anabela. De facto, é possível que muitos de nós já tenhamos
questionado como seria a nossa vida se sofrêssemos algum acidente e nos
esquecêssemos de tudo aquilo que fomos, fizemos e conhecemos. O que
faríamos? É focando nesta questão que a autora nos dá a conhecer (a nós,
leitores, e às próprias personagens) a vida de Anabela.
O tema da história é muito interessante, no entanto penso que poderia
ter sido muito mais desenvolvido. A acção desenrola-se demasiado rápido
e, por vezes, de forma muito previsível. Cheguei até a comparar este
enredo com a série Inspector Max, em que o crime, a investigação e a
resolução do caso acontecem em meia hora e acaba tudo em bem. Mas,
atenção, não é por isso que deixamos de ver, pois não? 🙂
Apesar dos aspectos negativos, gostei da história: teve suspense,
romance e acção e abordou vários assuntos que se ouvem falar no
quotidiano. As ideias foram boas; só faltou mesmo desenvolvê-las!
Este livro é pequeno (não chega às 150 páginas) e eu li-o numa manhã e
numa tarde de Domingo. Acho, por isso, uma boa leitura de fim-de-semana:
leve, fluída e nada maçadora.
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