Título: Nunca Digas Adeus
Autora: Lesley Pearse
Editora: ASA
Ano: 2014 (4.ª edição)
Sinopse:
Num chuvoso dia de outono, Susan Wright
entrou numa clínica, matou duas pessoas a sangue-frio e aguardou que a
polícia chegasse. Terá sido um ato de loucura? Uma vingança planeada?
Susan não parece interessada em defender-se e recusa falar. O seu
silêncio estende-se a Beth Powell, a advogada a quem é atribuído o caso.
Beth é uma mulher de sucesso com uma carreira brilhante mas nada a
preparara para o momento em que identifica a autora daquele crime tão
bárbaro.
Quando eram crianças, Beth e Susan juraram ser amigas para
sempre. Vinte e nove anos depois, mal se reconhecem. Mas as memórias dos
verões felizes das suas infâncias são suficientemente poderosas para as
unir de novo. Enquanto as provas contra Susan se acumulam, elas
partilham recordações e revelam os segredos que ditaram o rumo das suas
vidas.
A amizade entre as duas mulheres torna-se cada vez mais forte mas
sobre uma delas pende a implacável mão do destino...
Opinião:
Quando iniciei a leitura e vi que a história começava com um crime
decorrido nos anos 90 (não sendo, portanto, um romance histórico, como
tenho estado habituada a ler da autora), fiquei muito curiosa por
descobrir esta sua diferente faceta. Apesar de ter estado ainda a ressacar
de um romance policial, poderia ter sido um bocado mais do mesmo...
Mas não senti isso.
O livro conta então a história de Susan, que mata a sangue-frio duas
pessoas numa clínica, e que, depois de ser presa, reencontra Beth, uma
amiga de infância da qual acabou por perder o contacto. Este reencontro
inesperado despertou nas personagens velhas memórias e questões não
resolvidas e, aos poucos, elas vão se redescobrindo.
A história anda em torno da vida de Susan, dos abusos de que ela foi
alvo e dos sentimentos de frustração e injustiça que foi acumulando. Por
outro lado, também vamos conhecendo Beth mas mais no presente do que no
passado. Apesar de ela se ter tornado numa advogada de sucesso cuja
vida aparenta ser perfeita, Beth carrega um segredo que a atormenta e
prejudica as suas relações. Na actualidade, e por causa do caso de
Susan, Beth cria laços com o advogado Steven Smythe e o inspector Roy
Longhurst, que também têm destaque na narrativa.
Por curiosidade: parte da história decorre na prisão feminina onde Susan
se encontra e as cenas que fui imaginando associaram-se àquelas que vi
na série Dentro, transmitida até há relativamente pouco tempo na RTP1.
Tal como na série, coloca-se a questão dos motivos que levam uma pessoa a cometer um crime.
Por mais pacata e inofensiva que possa ser, as vivências menos boas
dessa pessoa podem despoletar sentimentos mais graves e actos
inexplicáveis. Mas quanto a este assunto não me vou alongar mais.🙂
Sim, além de crimes, este livro tem romance! Tanto Susan como Beth vivem
amores e desamores, cada uma à sua maneira, mas descritas como só
Lesley Pearse sabe.
Gostei muito deste livro. Não foi o meu favorito de entre os que já li da autora, mas nāo me desiludiu!
Nunca li nenhum livro da autora, mas é daquelas que eu tenho muita curiosidade! E já tinha andado de olho neste! :)
ResponderEliminarMrs. Margot