segunda-feira, 17 de maio de 2021

Opinião :: Lobo Solitário | Jodi Picoult

Título: Lobo Solitário
Autora: Jodi Picoult
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2016

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Sinopse:
Quando um lobo sabe que o seu tempo está a terminar e que já não é útil à sua alcateia, muitas vezes escolhe afastar-se. Morre assim afastado da sua família, do seu grupo, mantendo até ao fim todo o orgulho que lhe é próprio e mantendo-se fiel à sua natureza.
 
Luke Warren passou a vida inteira a estudar lobos. Chegou inclusivamente a viver com lobos durante longos períodos. Em muitos sentidos, Luke compreende melhor as dinâmicas da alcateia do que as da sua própria família. A mulher, Georgie, desistiu finalmente da solidão em que viviam e deixou-o. O filho, Edward, de vinte e quatro anos, fugiu há seis, deixando para trás uma relação destroçada com o pai. Recebe então um telefonema alarmante: Luke ficou gravemente ferido num acidente de automóvel com Cara, a irmã mais nova de Edward.
 
De repente, tudo muda: Edward tem de regressar a casa e enfrentar o pai que deixou aos dezoito anos. Ele e Cara têm de decidir juntos o destino do pai. Não há respostas fáceis, e as perguntas são muitas: que segredos esconderam Edward e Cara um do outro? Haverá razões ocultas para deixarem o pai morrer… ou viver? Qual seria a vontade de Luke? Como podem os filhos tomar uma decisão destas num contexto de culpa, sofrimento, ou ambos? E, sobretudo, terão esquecido aquilo que todo e qualquer lobo sabe e nunca esquece: cada membro da alcateia precisa dos outros, e às vezes a sobrevivência implica sacrifício.
 
Lobo Solitário descreve de forma brilhante a dinâmica familiar: o amor, a proteção, a força que podem dar, mas também o preço a pagar por ela.
 
Opinião:
Mais um fantástico livro de Jodi Picoult, com um assunto muito pertinente: um acidente de automóvel, que envolve pai e filha, e que deixa o pai em estado vegetativo. Luke, conhecido pela sua dedicação aos lobos, tem o seu destino nas mãos da família – neste caso, ou nas mãos da filha Cara, ainda menor, mas que viveu com ele e que pretende prolongar-lhe a vida, ou nas do filho Edward, que fugiu da família e foi para a Tailândia, mas que pensa que desligar-lhe as máquinas é o que o seu pai quereria.

O livro está muito bem escrito, sendo cada capítulo um relato alternado de cada personagem, podendo assim perceber-se melhor o que cada um pensa e sente. O caso deixou-me muito curiosa e prendeu-me à história, pois quis conhecer o desfecho rapidamente.
 
Gostei da analogia do caso com a vida dos lobos, além de ficar a conhecer mais sobre como eles vivem e lidam uns com os outros. No entanto, o que mais gostei foi da forma como os dilemas das personagens foram abordados e de como a decisão final foi tomada. A eutanásia é um tema delicado, mas que deve ser bem ponderado e discutido, pois em certas situações pode ser a melhor opção. O assunto daria pano para mangas, mas penso que este livro pode ajudar a perceber outros pontos de vista e a criar opiniões mais fundamentadas.
 
Jodi Picoult já me habituou a bons livros, e este não foi excepção. Adorei conhecer a história e fiquei emocionada com o desfecho. 
 
Aconselho vivamente esta leitura!

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