Este ano, a Final do Festival da Canção (FC) teve lugar na cidade de
Guimarães, cidade berço de Portugal e que há uns anos foi capital
europeia da cultura. Como nortenha e vizinha da terra, foi um orgulho
assistir à descentralização deste evento que me fascina tanto.
O palco do FC estava magnífico e parecia já digno de uma Eurovisão:
amplo, colorido e luminoso! E com aquela dupla de apresentadores tão
enérgica e bem disposta (Filomena Cautela e Pedro Fernandes), bem que
arrumavam Petra Mede e Måns Zelmerlöw a um canto! Ou quase...😂
A abertura do certame foi original e moderna, cujos efeitos fizeram
obviamente lembrar a actuação vencedora do supracitado Måns. Já agora,
repararam na música de fundo? Sim, era Sax, de Fleur East, uma música
que eu adoro, mas por acaso não vos faz lembrar nada? Já que estamos
numa onda de plágios, queiram ouvir What's the Pressure, de Laura
Tesoro, que representou a Bélgica em 2016, e tirem as vossas
conclusões. Eu cá não sou de intrigas, mas...
A entrada dos apresentadores foi um pouco teatral mas muito divertida;
lá está, parecia mesmo a Eurovisão! Até só faltava o Jon Ola Sand estar
lá e dizer let the show begin! Ah, espera lá, foi o que aconteceu! Let the Festival da Canção begin!
No geral, as músicas subiram na minha consideração; fiz questão de as
ouvir de novo ao longo da semana e aprendi a apreciá-las. A maioria
das actuações desta noite foram melhores, mas houve outras que
correram menos bem: ou a voz não se sobressaía, ou parecia soar fora de
tempo, ou não mostrava tanta segurança. Contudo, notei que muitos
intérpretes já levavam o espírito leve e cantaram de forma mais
descontraída. Agora, posso dizer que as minhas favoritas, por ordem de
actuação, eram: Para Sorrir eu Não Preciso de Nada, (sem título), Pra te Dar Abrigo e O Jardim.
Findas as actuações, chegou o momento das homenagens, que recaíram sobre
as Doce e Simone de Oliveira. Adorei ouvir as quatro cantoras que
recordaram as mais marcantes músicas das Doce, com uma sonoridade disco que eu tanto adoro!
Mas o momento alto foi a homenagem à Simone. Num vestido verde, tal como
Simone há 49 anos, entrou a Aurea e arrebatou com tudo a cantar Sol de
Inverno. Caramba, quis logo que fosse ela a representar Portugal!
Depois entrou a Marisa Liz que também me emocionou. E quando já não se
contava com mais nada, apareceu a própria Simone, num vestido vermelho
particularmente jovial, que cantou a Desfolhada. Foi épico!
Avassalador!
Lindo foi também o momento em que a Luísa Sobral cantou uma música que
fará parte do próximo disco dela. Maria do Mar é linda! Toda a música,
todo os sons, toda a letra me encantou. E eu que não costumo gostar
muito das músicas dela, esta apaixonou-me logo no início.
A derradeira parte chegou e ficámos a conhecer as votações. Tanto as do
júri como as do público não me surpreenderam, mas desta vez foi muito
renhido até ao último segundo. E acabou por vencer a
Cláudia Pascoal, com O Jardim. Fazia parte das minhas favoritas, por
isso fiquei agradada! Acho que vamos ser bem representados.
Espero que tudo corra bem na Eurovisão, tanto à Cláudia como aos
concorrentes e a todo o concurso em geral. Será certamente um evento
inesquecível para todos nós!
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