Segui atenta, ontem, à Grande Final do Festival Eurovisão da Canção 2016. Foi uma noite rica em boas músicas e com alguma variedade de estilos, sendo que o vencedor foi difícil de adivinhar.
Pelo que li nas redes sociais, os fãs consideravam possíveis candidatos à vitória a Rússia, a Austrália e a França. Destes três, preferia a música da Austrália – o vozeirão da Dami Im surpreendeu-me! – mas também gostei da música da França, bastante diferente do que ela costuma levar ao festival. Já a da Rússia não achei nada especial e penso que o que mais a destacou foi a apresentação em palco: os efeitos utilizados realmente fizeram espectáculo.
Das músicas finalistas, para além da australiana e da francesa, gostei da belga (que me lembra a música australiana do ano passado, para além de fazer o meu género!), da búlgara (com um estilo muito ouvido nos dias de hoje), da croata (com uma sonoridade própria da sua cultura da qual gosto muito), da espanhola (mais pelo facto de ser festivaleira e de ser diferente do que a Espanha costuma apresentar) e da lituana (passei a gostar dela ao ouvi-la pela segunda vez na final). Ena, tantas! As restantes não me marcaram muito, havendo até algumas que nem deveriam ter passado (exemplo da Geórgia)...
A apresentação das 26 músicas passou demasiado rápido para mim! Enquanto a votação decorria, foram passados alguns vídeos sobre o festival e também de vários artistas suecos de sucesso (alguns que eu nem sabia que o eram). Depois contámos com a presença de Justin Timberlake que nos presenteou com os seus mais recentes singles.
E finalmente chegou a hora de conhecer as pontuações! Este ano, o sistema de voto sofreu alterações, adoptando assim o sistema utilizado no Melodifestivalen (festival nacional sueco): ao contrário do que tem sido habitual (cada país atribuía de 1 a 8, 10 e 12 pontos, resultados da combinação de 50% dos votos do júri e 50% do público), os votos do júri nacional e do público são entregues em separado, sendo os do júri ditados por um porta-voz em cada país e os do público pelos apresentadores. Este método prometeu prolongar o suspense, evitando que se conhecesse o vencedor a meio da votação (como aconteceu várias vezes). E realmente funcionou! A votação do júri colocou a Austrália no topo com algum destaque, seguida pela Ucrânia e pela Rússia. O momento alto do programa deu-se aquando da divulgação dos votos do público: os pontos alteraram completamente as classificações, culminando com a surpreendente vitória da Ucrânia. Acho que quase ninguém estava à espera que ganhasse a Ucrânia, mas eu até acabei por ficar contente. A música era das mais intimistas (se não a mais) e a letra era extremamente forte. A interpretação da cantora Jamala foi essencial para a mensagem ser transmitida ao público, mesmo aquele que não entende inglês.
A polémica veio imediatamente ao de cima. As críticas dispararam nas redes sociais, dizendo que esta foi uma vitória política de "ataque à Rússia", mas também que preferiam que tivesse ganho a Austrália ou a Rússia (que ficaram em 2.º e 3.º, respectivamente).
Da minha parte, fiquei muito contente por a Ucrânia sair vencedora. Pode não ter sido a minha música de eleição, mas não deixa de ser uma boa música. E para quê guardar rancores em relação a esta vitória? Sejamos todos mais compreensivos e tomemos o espírito amigável da Eurovisão como o mais importante. O ESC é uma festa para celebrar a música que uniu a Europa e todos os países que participam!
E, para o ano, lá vamos nós à Ucrânia!
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