terça-feira, 25 de agosto de 2020

Opinião :: Daisy Miller | Henry James

 
Título: Daisy Miller
Autor: Henry James
Editora: QuidNovi
Ano: 2010 (1.ª edição de 1878)

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Considerada uma das obras mais conhecidas de Henry James, o autor criou uma das suas mais encantadoras heroínas - honesta, moderna, liberal, coquete - e posicionou-a numa sociedade que a contempla com horror.

Nas opulentas estâncias de veraneio europeias, os americanos que se encontram na Europa mantêm-se fiéis aos seus velhos costumes e tradições. Daisy Miller, com a sua franca honestidade e inocência de espírito, é desprezada por estes. Até mesmo para Winterbourne, o jovem “estudante” americano que conhece nas margens do Lago Genebra, ela é desregrada e, embora atraído para ela, sente que Daisy é demasiado dissoluta para uma sociedade requintada.

A arrebatadora ingenuidade e liberalidade de Daisy Miller criam nesta obra um quadro inesquecível duma época que criou no nosso imaginário uma visão de Romantismo e Elegância.

Opinião:
Escolhi este livro para ler por ser um livro pequeno (não chega às 100 páginas) e por me apetecer ler algo mais breve. O certo é que a história não era bem o que eu esperava encontrar e esta não me cativou muito, pelo que até demorei uns dias para a ler e poderia ter lido em poucas horas.

Daisy Miller trata-se de uma jovem americana que está de visita à Europa, com a sua mãe e irmão, e conhece um jovem também americano, Mr. Winterbourne, em Genebra. Perante a forma de ser, de estar e de falar de Daisy, ela é vista como desregrada e inconveniente.
Daisy é uma jovem mulher de ideias fixas e muito avançada para a época em que vive (século XIX), sendo criticada por todos os que a conhecem ou pelos que a vêem.

O final foi trágico mas surge então uma moral, já que o futuro das personagens poderia ter sido diferente se tivessem outra mentalidade ou até se vivessem na América, já que existia uma certa disparidade entre as sociedades americana e europeia.

A leitura é interessante para perceber um pouco as ideias que existiam no século XIX. Contudo, a minha disposição para esta leitura não foi a maior e não desfrutei como gostaria. Talvez numa próxima altura releia o livro para o ler como deve ser.

sábado, 22 de agosto de 2020

Livro recebido :: "A Casa Alemã"

Título: A Casa Alemã
Autora: Annette Hess
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2020
Comprar: Bertrand | WOOK
 
Sinopse:
No final da guerra, Frankfurt era uma ruína fumegante, severamente castigada pelos bombardeamentos aliados. Passados vinte anos, as antigas ruas esburacadas da cidade deram lugar a novas e arejadas avenidas. As lojas modernas ocupam os espaços outrora atulhados de escombros.
 
Para Eva Bruhn, de 24 anos, a Segunda Guerra Mundial não passa de uma recordação nublosa da infância. Com o noivo Jürgen Schoormann sonha iniciar uma nova etapa na sua vida. Porém, tudo muda quando, no julgamento dos responsáveis pelo campo de concentração de Auschwitz, um investigador americano, David Miller, a contrata para traduzir as entrevistas das vítimas.

Os pais de Eva, donos do restaurante que dá título ao livro, opõem-se a este trabalho, mas a insaciável curiosidade de Eva leva-a a aceitar o desafio. Enquanto ouve os depoimentos, não pode deixar de pensar na sua família.

Porque é que os pais nunca falam do tempo da guerra?
E porque é que o seu noivo se nega a ser confrontado com o passado?

Uma história apaixonante, baseada em factos reais, pela voz de uma jovem tradutora alemã que, ao ouvir os horrores impensáveis de Auschwitz, se confronta com a história da sua família e do seu país.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Opinião :: O Carteiro de Auschwitz | Joe Rosenblum

Título: O Carteiro de Auschwitz
Autor: Joe Rosenblum & David Kohn
Editora: Alma dos Livros
Ano: 2020

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
O Carteiro de Auschwitz é a história verdadeira de um adolescente a quem tentaram roubar a vida e os sonhos. Apanhado no turbilhão do Holocausto, este jovem sobreviveu a uma sequência de dramas tão angustiantes que se torna difícil aceitá-los como factos reais.

Uma confiança inabalável, uma bondade sem limites, um exemplo perfeito de bravura e caráter.

Joe Rosenblum era ainda criança quando assistiu à invasão nazi da sua pequena cidade na Polónia. Foi por pouco que escapou à execução em massa de que foi vítima o irmão. Joe mudou-se primeiro para uma quinta, onde trabalhou, e cujos proprietários o protegeram e o ajudaram a prover o sustento da família durante algum tempo. Depois, viu-se obrigado a refugiar-se junto de ex-prisioneiros russos. a sua inacreditável jornada de sobrevivência começa após ser capturado pelos alemães.

O mensageiro secreto que sobreviveu ao campo de concentração mais terrível da história.

Inteligente, criativo e extremamente pragmático, Joe desafiou a morte, transportou a esperança e deu um exemplo perfeito de humanidade, otimismo e perseverança. com uma bondade sem limites, ele entregou mensagens secretas aos prisioneiros, salvou crianças da câmara de gás e devolveu a luz e a esperança ao coração dos homens num dos períodos mais terríveis da história mundial.

Uma poderosa mensagem de fé e esperança na humanidade.
 
Opinião:
Quis muito ler este livro por se tratar de mais um relato sobre a Segunda Guerra Mundial. De facto, por mais livros que se leiam sobre o assunto, parece que estamos sempre a descobrir novos factos e que muita coisa falta ainda ser descoberta.

O livro é um relato na primeira pessoa de um sobrevivente de Auschwitz. Joe Rosenblum conta sem papas na língua tudo o que passou, sofreu, viu, fez e aguentou.

Demorei cerca de três semanas para ler o livro. Foi, em parte, alguma falta de tempo, nas foi principalmente a densidade da narrativa. Senti que estava a ler um livro de terror, que infelizmente foi real.

É impossível tentarmos colocar-nos no lugar de quem sobreviveu e foi capaz de relatar a sua experiência. É impossível compreender a razão de semelhante ódio perante os judeus e todos os que não eram arianos. É impossível imaginar o rebaixamento que todas as vítimas sentiram ao serem tratadas de forma inumana. Mas é possível evitar que tudo isto volte a acontecer.

Apesar das dificuldades em sobreviver, Joe Rosenblum mostrou ser uma pessoa optimista e ajudou muita gente sempre que pôde. Ele teve alguma sorte, pois era loiro e tinha olhos azuis, mas a sorte também se constrói e ele nunca desistiu de lutar pela vida, mesmo tendo estado perto da morte várias vezes.

Fico feliz por ele posteriormente ter vivido uma vida digna e por ter conseguido escrever o seu testemunho, para que todos nós pudéssemos perceber um pouco mais do que se passou naqueles terríveis anos.

Foi um livro que me marcou muito. Foi chocante, mas deveria ser de leitura obrigatória.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Visita à Livraria Bertrand Chiado + Aquisição (2020)

Viva! Recentemente, gozei de uns dias de férias com o meu Miguel e pudemos visitar alguns sítios da zona Centro. Num desses dias, fomos a Lisboa (onde já não ia há nove anos) e, pela primeira vez, conheci melhor esta cidade. Sim, conto pelos dedos de uma mão as vezes que fui à nossa capital, e só desta vez vi Lisboa com olhos de ver. Foi também a oportunidade ideal para conhecer a livraria mais antiga do mundo: a Livraria Bertrand Chiado.


A livraria é simples mas encantadora. Adorei explorar cada recanto e também ver todas as promoções que lá havia. Como é óbvio, não saí de lá sem um livro comprado e com o carimbo da livraria!


Título: A Rapariga de Auschwitz
Autora: Eva Schloss
Editora: Marcador
Ano: 2014

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Milhares de leitores em todo o mundo conhecem a história de Anne Frank, a adolescente cuja vida terminou em Bergen- Belsen durante o Holocausto.

Em
A Rapariga de Auschwitz, vão conhecer a sua irmã e companheira de brincadeiras: Eva Schloss. Apesar de, ter sido levada para Auschwitz com apenas quinze anos, a sua história não terminou aí. Ela conseguiu sobreviver.

Este livro incrível é a memória viva dos acontecimentos que marcaram esse período tão dramático da história mundial.

Um relato lúcido e absorvente da vida no meio dos horrores da guerra, realçando o amor entre uma mãe e uma filha, e a força e a determinação que ajudaram a superar a mais profunda das noites. 
 
E vocês, já conhecem a Livraria Bertrand Chiado? 😉

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Revistas Somos Livros da Bertrand :: Verão 2020

Viva! Numa recente ida a uma livraria Bertrand, peguei nas revistas Somos Livros que esta disponibiliza aos clientes. Este número de Verão já saiu há algum tempo, mas tem algumas entrevistas, inúmeras sugestões de leituras, várias dicas de promoções e até jogos! Os mais miúdos também têm uma revista repleta de tópicos interessantes que entretêm e ensinam muitas coisas.

 
Com isto, deixo uma dica para estas férias: aproveitem as promoções que estão em vigor nas livrarias e leiam livros! Levem também estas revistas que proporcionam igualmente um bom momento de leitura e aprendizagem e vos mantêm informados sobre as novidades editoriais.
 
Estamos em pleno mês de Agosto e, apesar da conjuntura do país relativamente à pandemia, há pessoas que já gozaram, ainda vão gozar ou estão neste momento a gozar as suas férias. É também tempo de desfrutar do bom tempo e de algum descanso, além de dedicar algum tempo a fazer o que mais se gosta. Neste caso, que tal ler um livro? 😉

Quer já tenham tido as vossas férias ou não, desejo-vos um bom resto de Verão, com muitos livros e diversão!

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Opinião :: O Fantasma de Canterville | Oscar Wilde

Título: O Fantasma de Canterville
Autor: Oscar Wilde
Editora: Estrofes & Versos
Ano: 2011 (1.ª edição de 1887)

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse (retirada do Goodreads):
Quando Mr. Hiram B. Otis, o ministro americano, comprou Canterville Chase, todos lhe disseram que tinha cometido um erro, pois era sabido que a casa estava assombrada. Com efeito, o próprio Lord Canterville, um homem extremamente escrupuloso, sentiu-se na obrigação de o mencionar a Mr. Otis quando acertaram os pormenores da transacção.

Opinião:
Este foi o primeiro livro que li de Oscar Wilde. Por me apetecer ler um livro mais pequeno, parti para a leitura deste, mesmo sem ler a sinopse e parecendo mais virado para o terror...
Mas não podia estar mais enganada. A história aparenta, de facto, começar com muito suspense, aquando da compra da mansão de Canterville pela família do ministro norte-americano. É-lhes logo dito que a casa está assombrada, mas eles não se preocupam com esse pormenor e decidem lá ficar. Até que ouvem barulhos e vêem o fantasma. No entanto, o encontro deles é de tal forma impensável que quem acaba por se sentir assustado é o fantasma!

O decorrer da história é o relato das peripécias por que o fantasma passa com os habitantes da casa, além dos seus pensamentos. E no final, acontece algo que lhe dá a paz de que tanto precisa.

A história lê-se muito bem e é muito divertida. O final também nos permite reflectir nos principais valores da vida, por isso traz uma boa moral.

Este livro foi uma boa descoberta e é uma excelente leitura para miúdos e graúdos!