“Foi na Serra que Nasci” reúne poesia popular alentejana em livro
Obra assinada por Manuel António João tem selo Chiado Books
Título: Foi na Serra que Nasci
Autor: Manuel António João
Editora: Chiado Books
Ano: 2019
Comprar: Bertrand | WOOK | Chiado Books
É com o característico estilo alentejano que a obra Foi na Serra que Nasci é apresentada ao público. A reunir as populares quadras poéticas da região portuguesa, o autor, Manuel António João, conduz o leitor numa viagem por temas quotidianos e também da sua vida. Desde muito jovem, teve de trabalhar para garantir o próprio sustento e, com isso, aprendeu a superar qualquer adversidade.
Publicado pela Chiado Books, o livro já está à venda em todo o país. O livro surgiu a partir de quadras que foram escritas pelo seu pai, António João. E numa conversa com poetas populares e idosos da aldeia de Felizes, o assunto veio à tona e surgiu o interesse de preservar a poesia alentejana.
“Mais tarde já em Lisboa, adoentado e com tempo para matar, escrevi uma poesia para um passatempo na rádio, que para meu espanto, ganhei. Depois, as injustiças do quotidiano e da sociedade, bem como algumas questões pessoais, levaram-me a escrever as quadras populares alentejanas presentes na obra”, relata o autor.
Publicado pela Chiado Books, o livro já está à venda em todo o país. O livro surgiu a partir de quadras que foram escritas pelo seu pai, António João. E numa conversa com poetas populares e idosos da aldeia de Felizes, o assunto veio à tona e surgiu o interesse de preservar a poesia alentejana.
“Mais tarde já em Lisboa, adoentado e com tempo para matar, escrevi uma poesia para um passatempo na rádio, que para meu espanto, ganhei. Depois, as injustiças do quotidiano e da sociedade, bem como algumas questões pessoais, levaram-me a escrever as quadras populares alentejanas presentes na obra”, relata o autor.
Este livro é para ser lido
Este livro é para ser lido
Perdoe-me esta ousadia
Porque eu fiquei convencido
Que você gosta de poesia
Pode não ser muito bonita
E não mereça a vossa atenção
Esta não é erudita
É de minha inspiração
Foi feita com muito empenho
Um empenho pertinaz
Aqui dou o melhor que tenho
E de melhor não sou capaz
Eu só consigo escrever
Se estou mesmo inspirado
Se me conseguir ler
O meu muito obrigado
Sobre o Autor
Manuel António João nasceu em Felizes, freguesia de São Barnabé, na serra alentejana, em Fevereiro de 1944, filho de António João e de Maria das Dores. Frequentou a escola primária, onde completou a terceira classe. Saiu de casa aos 11 anos para trabalhar na casa de um casal de idosos. Com 14 anos, resolveu comprar os livros da quarta classe, estudou-os por inteiro, e sem frequentar a escola, fez o exame com sucesso.
Aos 17 anos, em Março de 1961, com o apoio dos tios, foi trabalhar para as pedreiras de Pêro Pinheiro, em Sintra. Em Agosto, trocou as pedreiras por uma mercearia e taberna, em Albarraque. Durante três anos, trabalhou alegremente das oito da manhã à meia-noite.
Aos 20 anos, foi trabalhar para uma padaria que lhe permitiu ter tempo para estudar e ter explicações seis vezes por semana. Completou o primeiro ciclo, actuais 5.º e 6.º anos, e já na tropa completou o 5.º ano, equivalente ao 9.º ano. Mais tarde, e já empregado numa fábrica, completou o 7.º ano, equivalente ao 12.º ano. Não frequentou a universidade porque entretanto casou e teve dois filhos. Frequentou alguns cursos de formação na empresa, que entretanto foi dissolvida, dispensando-o com 23 anos de casa.
Felizmente, Manuel António João já tinha aprendido um outro ofício, a restauração e encadernação de livros. Este novo ofício proporcionou-lhe o contacto com todo o tipo de literatura, o que o tornou um amante de livros e da leitura. Acometido de doença grave e sem nunca ter escrito nada, surgiu-lhe aos 73 anos a inspiração para a poesia. Tentou recuperar as quadras do seu pai, António João, mas já era tarde, e só algumas foram recuperadas. Em fevereiro de 2017, resolve participar num concurso de poesia, “Os Enamorados por Lisboa” para o dia de São Valentim, e ganha com o seu primeiro poema, Lisboa Altar do Amor. Surpreendido com a notícia da vitória, inspirou-se para escrever mais dois sonetos sobre Lisboa: Lisboa Cidade do Amor e Lisboa Cidade Privilegiada.
E nunca mais parou.
Aos 17 anos, em Março de 1961, com o apoio dos tios, foi trabalhar para as pedreiras de Pêro Pinheiro, em Sintra. Em Agosto, trocou as pedreiras por uma mercearia e taberna, em Albarraque. Durante três anos, trabalhou alegremente das oito da manhã à meia-noite.
Aos 20 anos, foi trabalhar para uma padaria que lhe permitiu ter tempo para estudar e ter explicações seis vezes por semana. Completou o primeiro ciclo, actuais 5.º e 6.º anos, e já na tropa completou o 5.º ano, equivalente ao 9.º ano. Mais tarde, e já empregado numa fábrica, completou o 7.º ano, equivalente ao 12.º ano. Não frequentou a universidade porque entretanto casou e teve dois filhos. Frequentou alguns cursos de formação na empresa, que entretanto foi dissolvida, dispensando-o com 23 anos de casa.
Felizmente, Manuel António João já tinha aprendido um outro ofício, a restauração e encadernação de livros. Este novo ofício proporcionou-lhe o contacto com todo o tipo de literatura, o que o tornou um amante de livros e da leitura. Acometido de doença grave e sem nunca ter escrito nada, surgiu-lhe aos 73 anos a inspiração para a poesia. Tentou recuperar as quadras do seu pai, António João, mas já era tarde, e só algumas foram recuperadas. Em fevereiro de 2017, resolve participar num concurso de poesia, “Os Enamorados por Lisboa” para o dia de São Valentim, e ganha com o seu primeiro poema, Lisboa Altar do Amor. Surpreendido com a notícia da vitória, inspirou-se para escrever mais dois sonetos sobre Lisboa: Lisboa Cidade do Amor e Lisboa Cidade Privilegiada.
E nunca mais parou.