sexta-feira, 24 de maio de 2019

Opinião :: A Carruagem dos Órfãos | Pam Jenoff

Título: A Carruagem dos Órfãos
Autora: Pam Jenoff
Editora: Editorial Presença
Ano: 2018

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Noa, de 16 anos, fica grávida de um soldado do exército nazi e é forçada a desistir do seu bebé recém-nascido. Vive no piso superior de uma pequena estação ferroviária, a troco de limpezas... Quando descobre dezenas de crianças judias amontoadas num vagão cujo destino é um campo de concentração, ela não consegue deixar de pensar no filho que lhe foi retirado. E, num momento que mudará a sua vida para sempre, agarra numa das crianças e foge com ela pela noite fora sob um forte nevão.
 
Acaba por encontrar refúgio num circo alemão, mas vai ter de aprender números de trapézio para poder passar despercebida, não obstante o azedume de Astrid, a trapezista principal. A princípio rivais, Noa e Astrid em breve criam poderosos laços de afecto entre si. Mas como a fachada que as protege se torna cada vez mais ténue, elas têm de decidir se a amizade entre ambas é suficiente para se salvarem uma à outra - ou se os segredos que guardam deitarão tudo por terra.

Opinião:
A história deste livro revelou-se um emocionante romance onde, no meio de uma Grande Guerra, a amizade, a coragem e o amor é que prevalecem.
 
Ao longo do livro, acompanhamos a história de Noa contada na primeira pessoa, alternadamente com o relato de Astrid, e vemos como elas se encontram no circo e se aliam perante as dificuldades e os segredos que precisam de esconder.
 
Num lugar onde se vive a guerra, vive-se também em constante sobressalto, e é assim que se vai conhecendo esta história, do início ao fim. Foi inclusivamente com angústia e quase lágrimas que acabei de ler o livro!
 
A obra vale muito a pena ler, não só para se conhecer um pouco mais deste período marcante da História Mundial, mas também para se constatar o poder da amizade em qualquer situação.

domingo, 19 de maio de 2019

Música :: Final do Eurovision Song Contest 2019

 
Depois das semi-finais, eis que chegou o dia da final do Eurovision Song Contest (ESC) deste ano!
Após a actuação de abertura com a canção vencedora do ano passado e do desfile das bandeiras dos países participantes, começou o grande espectáculo!

Mais uma vez, no geral, achei que as actuações melhoraram em comparação com as performances das semi-finais, tornando assim o espectáculo muito mais autêntico e cativante. Desta vez, actuaram também os big 5 e o país anfitrião, neste caso Israel, sendo que fiquei a conhecê-las pela primeira vez.

  • Alemanha - Este ano, a Alemanha levou uma música nada marcante e que me passou ao lado. Aliás, a mim e a toda a Europa... e isso notou-se na votação final.
  • Israel - Uma balada forte e que culminou com um final poderoso. E o mais especial foi a reacção de Kobi quando acabou de cantar: emocionou-se e mostrou o quão feliz estava ali a representar o seu país! Foi lindo!
  • Reino Unido - Gostei da música e da voz do cantor. O coro também deu bastante poder à canção, mas não é do género que passe muito tempo a ouvir.
  • França - A música é muito boa e ficou a ganhar com as dançarinas. Aliás, nos momentos em que o cantor actuava sozinho, parecia que a prestação morria um bocado. No entanto, esta foi uma boa aposta de França para este ano, com uma mensagem muito importante para os dias de hoje.
  • Itália - Este ano, Itália levou um género não muito comum no ESC e que não costumo adorar, mas neste caso adorei a música! Contudo, também achei que na actuação prevaleceu apenas a voz do cantor e não tanto o instrumental, que foi uma pena.
  • Espanha - Acho que o rol de canções não podia ter terminado da melhor maneira! A música é tão bem-disposta e fez o público saltar e dançar! Soou mesmo a um hino de um campeonato de futebol ou simplesmente um êxito de Verão. A Eurovisão também precisa disto. Muito bem!
 
Enquanto decorriam as votações, houve tempo para uma actuação inesperada de alguns primeiros e segundos lugares de anos recentes, que cantaram as canções uns dos outros. Assim, Conchita Wurst cantou a Heroes, do Måns Zermerlöw; por sua vez, Måns cantou a Fuego, de Eleni Foureira (num estilo que assentou como uma luva e ficou tão boa como a original). Já Eleni "cantou" e dançou a Dancing Lasha Tumbai, de Verka Serduchka; já Verka terminou a cantar a Toy, de Netta Barzilai. Foi um momento divertido de boas recordações!

Este ano, estava mesmo ansiosa por conhecer as votações para descobrir quem iria ganhar, pois cheguei ao fim sem conseguir prever nada. Tive sempre uma ideia de que o topo seria disputado entre a Noruega, a Holanda, a Suécia e, possivelmente, a Itália. Mas, para minha surpresa, os votos do júri mandaram a Macedónia do Norte para segundo lugar sem ninguém o prever, tendo ficado logo abaixo da Suécia. No entanto, a votação do público alterou completamente a tabela e, a primeira surpresa, foi o novo sistema de votação: enquanto que os pontos eram atribuídos do menos ao mais votado, desta vez foram atribuídos ao país que estava em último lugar na tabela até ao primeiro. Estragou completamente o suspense dos últimos anos! Para já, foi constrangedor o momento em que a Alemanha ficou a saber que não teve pontos do público. E o momento de se saber quem era o vencedor (ou a Holanda ou a Suécia) com os pontos da Suécia, foi uma desilusão o valor atribuído (esperava-se um número elevado e foram só 93 pontos). Desta maneira, ficou-se a saber que a Holanda ganhou o ESC2019!

Fonte: www.bbc.com
 
A canção mereceu ganhar e a Holanda voltou a ter uma vitória no ESC quarenta e quatro anos depois da última! Para o ano, lá vamos à Holanda! 😀

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Música :: 2.ª Semi-final do Eurovision Song Contest 2019


Ontem, realizou-se a segunda semi-final do Eurovision Song Contest (ESC), na qual concorreram os restantes 18 países sujeitos a eliminatórias. Não estava com grandes expectativas em relação a este lote, também por não conhecer quase nenhuma música, mas assisti ao programa com a mesma excitação de sempre! 😃

Assim, aqui estão as actuações da noite:


Uma música forte e um tanto obscura. A voz dela é igualmente poderosa, mas não me fascinou.

Não. Simplesmente não. Não me despertou qualquer interesse e, ao que parece, já se sabia que não ia ter sorte no concurso.

Primeira impressão: olha a actuação da Ucrânia em 2011! Tal como em 2011, a actuação acompanhada por sand art teve uma beleza especial, mas desta vez não gostei muito da música.

Aleluia, uma música para dançar! Esta é uma das minhas preferidas e traz boas vibrações! Uma óptima aposta da Suíça!

A música é queridinha, mas com uma calmaria que não se destaca no palco do ESC. É pena...

Adorei esta música, apesar de achar que a cantora estava demasiado nervosa. Sinceramente, fiquei com pena que não tivesse passado.

Que canção encantadora! Espalha sorrisos e alegria! E a cara da Leonora é mesmo fofinha!

A Suécia é a Suécia; é praticamente impossível não desiludir no ESC. Adorei esta música e as big mamas que estiveram no palco!

Hum... Actuou com toda a emoção, mas a música não é nada de especial, além de ser repetitiva.

Este género de canções já foi bastante comum no ESC, mas agora parece que destoa um bocado. Só gostei um bocadinho mais quando ele começou a cantar em croata; deu outra vida à canção.

Gostei muito desta música de Malta! Mas achei a Michela demasiado reservada e com isso a actuação ficou a perder.

A música até tem bom ritmo, mas não adorei... Passou-me quase despercebida.

Eis o regresso de Sergey e ele veio com tudo! Por incrível que pareça, ao contrário da primeira canção que levou ao ESC, até gostei bastante desta! E mostrou muito mais o poder da sua voz.

Não adorei a música, mas só o facto de cantar em albanês e de incluir sonoridades típicas daquele país já fez subir muitos pontos na minha consideração. Destacou-se pela diferença.

Fiquei incrivelmente admirada com esta música! Não esperava gostar tanto! Foi pop, teve uma marca da cultura sami e fez vibrar a arena! Muito bom!

Ui... Que voz! E que actuação emotiva! Adorei!

Não faz bem o meu género musical, mas a letra é forte e a voz dela também é muito boa.

Gostei desta música, mas não achei espectacular.

O interval act ficou a cargo do grupo Shalva Band, composta por pessoas com necessidades especiais, e que fizeram acontecer o melhor momento da noite: além de talentosos, mostraram que não há limites que nos impeçam de fazer o que mais gostamos e transmitiram mensagens positivas de coragem e de alegria. Irrepreensíveis!

Por fim, souberam-se os restantes 10 finalistas deste rol de concorrentes. Apenas fiquei admirada com a passagem da Albânia e da Macedónia do Norte. Dos outros já estava à espera e fiquei a crer que a disputa pelo título seria entre a Noruega e a Holanda. No Sábado iremos descobrir o vencedor!

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Música :: 1.ª Semi-final do Eurovision Song Contest 2019


Ontem, realizou-se a primeira semi-final do Eurovision Song Contest (ESC) deste ano. Esta foi a semi-final em que Portugal concorreu, tendo sido Conan Osíris a representar-nos com a canção Telemóveis. Desde o fenómeno do Salvador Sobral em 2017, Portugal não passava pelo problema de ter de actuar numa semi-final, por isso este ano foi para voltar ao normal e sofrer um bocadinho mais de ansiedade!

Adorei o vídeo inicial, em que mostrava o percurso de vida de Netta Barzilai desde a infância com o sonho de ser cantora e de conseguir alcançar uma vitória no ESC.
Após a apresentação dos apresentadores, começou o desfile musical!


Tamta foi a primeira a subir ao palco e, para mim, era uma das favoritas à vitória. Esta foi uma das poucas músicas que ouvi antes do ESC e achei que foi uma cópia da Fuego do ano passado. Apesar de muitos acharem que vai ter sucesso neste ESC, a actuação ao vivo não me surpreendeu como imaginava. Nada de compara à Eleni Foureira! 🔥

Esta actuação passou-me um pouco despercebida... E, provavelmente, a muitas mais pessoas, visto que nem sequer passou à final.

Este ano não estava com grandes expectativas quanto à aposta da Finlândia e, aquando da actuação, acabou por me irritar tanto lookooay...

Adoro estas sonoridades tradicionais! Não sabia como iria resultar a combinação destas vozes com rock, mas gostei! Fiquei com pena de a Polónia ter ficado pelo caminho...

De início, achei a actuação um bocadinho frouxa... Mas depois fui ouvindo melhor a melodia e a voz da cantora e fui gostando. Afinal, uma boa música não tem de ter falsetes nem agudos espectaculares. 😉

A República Checa tem vindo a surpreender cada vez mais na Eurovisão e esta banda foi a mais carismática da noite! Adorei! Friend of a friend of a friend of a friend...

O regresso de Joci Pápai não correu tão bem como a sua estreia. A música não era má de todo, mas não cativou o suficiente.

Admito: esta música é o meu guilty pleasure deste ano! Quando ouvi o excerto do primeiro ensaio, quis logo ouvir na totalidade e passei os dias a ouvi-la... A música é fixe e dá para dançar! Mas fiquei um bocado desiludida com a actuação.

Esta é uma música semelhante a tantas outras que a Sérvia já levou. Não adorei a música, mas adorei a qualidade vocal da cantora!

Senti pena do rapaz... Não sei se era nervosismo ou outro problema, mas a voz não lhe saiu bem... E isso também não me ajudou a apreciar a música.

Uma actuação poderosa, mas que não me fascinou.

A minha maior surpresa! Fiquei completamente colada ao ecrã a ver esta actuação incrível, bem como rendida à voz dela. Não sei explicar bem... mas isto raramente acontece e é bom sinal! É uma muito provável vencedora!

Das duas uma: ou se ama ou se odeia. E eu não amei. Mas não me admirei de a ver passar à final...

Mais uma surpresa! Fez-me lembrar Avicii. Gostei muito e foi a favorita da minha mãe! 😃

O Conan saiu-se bem melhor do que eu pensava. No entanto, faltou power e houve pouca adesão por parte do público. Infelizmente não surpreendeu e não foi o suficiente...

A música é boa e a cantora tem bom poder vocal, apesar de não ser grande fã do timbre de voz dela.

Serhat por San Marino! A música é bem animada, mas a voz não estava no seu melhor... Mesmo assim, acho o Serhat tão simpático e até gostei de o ver na final!

O interval act foi preenchido com uma actuação de Dana International, vencedora israelita do ESC em 1998. Ao invés de cantar a sua música, levou a sua versão de Just The Way You Are, de Bruno Mars. Pessoalmente, não gostei da actuação, principalmente por me soar a playback, mas gostei da mensagem que transmitiu.

Por fim, os finalistas foram revelados e, surpreendentemente ou não, Portugal não passou. Fiquei admirada com uma ou outra passagem, bem como a não passagem de certos países. Como sempre, há injustiças! Mas fico na dúvida se realmente merecíamos a final. Eis a questão...

Quinta-feira saberemos quais serão os restantes finalistas!

terça-feira, 14 de maio de 2019

Livros recebidos :: "Louca" e "Má"

Viva! Ontem foi o meu aniversário e recebi estes dois livros de uma pessoa muito especial: Louca e , de Chloé Esposito. Já há muito que tinha vontade de ler estes livros e foi uma boa surpresa tê-los recebido neste meu aniversário!

Título: Louca
Autora: Chloé Esposito
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2018

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Sinopse:
Louca é um thriller passado em Londres e na Sicília, no espaço de uma violenta semana de verão, e que explora os temas do ciúme e do engano, do crime e da inveja. Uma gémea não só se apodera da vida perfeita da irmã, como se dispõe a continuar a vivê-la.
 
Alvie Knightly está muito em baixo: sem objetivos na vida e a beber demais. A sua vida é ainda pior se comparada com a de Beth, a sua irmã gémea e perfeita. Beth casou-se com um italiano lindo e rico, tem um bebé maravilhoso e sempre foi a preferida da mãe. A única coisa que têm em comum é a aparência.
 
Quando Beth envia um bilhete de avião à irmã para que a visite em Itália, Alvie mostra alguma relutância. Mas quando é despedida do emprego que detesta e os companheiros de casa a põem na rua, começa a mudar de ideias e a pensar na luxuosa villa de Taormina. Ao chegar lá, Beth pede-lhe que troque de identidade com ela durante umas horas, para poder escapar à atenção do marido. Alvie agarra com unhas e dentes a oportunidade de viver a vida da irmã, ainda que temporariamente. Mas quando a noite acaba com Beth morta no fundo da piscina, Alvie dá-se conta de que aquela é a sua hipótese de mudar de vida.
 
E, afinal, o que escondia Beth do marido? E porque é que a convidou para ir a Itália? Alvie vai descobrindo segredos e mentiras à medida que mergulha mais fundo na vida da irmã morta. E terá de fazer de tudo para conseguir suportar as suas próprias mentiras.


Título:
Autora: Chloé Esposito
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2019

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Sinopse:
Alvie Knightly até pode acordar no Ritz, mas a sua vida não é um mar de rosas.
Para começar, tem a maior ressaca de sempre. E depois, a sua gémea mimada, Beth, foi encontrada morta na Sicília, e agora a polícia quer interrogá-la.
E ainda por cima, o namorado sexy de Alvie desapareceu com o dinheiro todo que roubaram a Beth.
Mas ele meteu-se com a miúda errada.
Alvie vai perseguir o seu ex em Roma num jogo de gato e rato em que só um pode sobreviver.
Não há fúria no inferno como a de uma mulher enganada… Mas será que Alvie conseguirá vingança antes de ser apanhada pelos seus crimes?

terça-feira, 7 de maio de 2019

Opinião :: À Primeira Vista | Danielle Steel

Título: À Primeira Vista
Autora: Danielle Steel
Editora: Bertrand Editora
Ano: 2019

Comprar: Bertrand | WOOK
 
Sinopse: 
Nova Iorque. Londres. Milão. Paris. Fashion Week nas quatro cidades. Um mês de entrevistas intermináveis, festas, trabalho incansável e atenção aos detalhes nos desfiles de moda semestrais. No centro da tempestade e da avalanche de trabalho está a americana Timmie O'Neill, cuja renomada marca, Timmie O, é a personificação do casual chic. Ela criou um negócio que a inspira e ocupa toda a sua vida.

Apesar do êxito profissional, Timmie O’Neill vive marcada pelo passado. Até que um intrigante francês, Jean-Charles Vernier, entra na sua vida quando ela adoece na Semana da Moda de Paris.

De início, Timmie e Jean-Charles Vernier têm apenas uma relação normal de paciente e médico. Com o tempo, tornam-se confidentes e amigos e, quando Timmie regressa a casa, mantêm-se em contacto a uma distância segura entre Paris e Los Angeles. Há uma boa razão para se manterem separados, mas nenhum consegue negar a amizade crescente e a atração que sentem quando se encontram.
 
À imagem e semelhança da própria vida moderna, é uma história complexa e atraente. Carreiras, famílias, histórias, perdas, dever, obrigação e medo de perder o controlo. São dois mundos muito diferentes, duas pessoas de personalidade forte que se cruzam e que podem mudar tudo de um momento para o outro. Serão suficientemente corajosos para enfrentarem o que vem a seguir? E farão isso, juntos ou separados?
 
Opinião: 
Este foi o primeiro livro que li de Danielle Steel e foi, portanto, uma descoberta, tanto da maneira de escrever como da história em si.
A sinopse sugeriu-me um romance forte entre duas pessoas importantes e reconhecidas no seu meio; no entanto, o contacto entre eles seria complicado por causa da distância e dos constantes entraves das suas vidas.
 
Acreditei que a história fosse ser muito mais tórrida e pormenorizada. Tendo em conta as poucas vezes que o casal se via, pensei que esses momentos fossem ser mais descritos, mas achei que os acontecimentos correram depressa e pouco deu para conhecer aprofundadamente algumas coisas e pessoas. Também por isso, achei o final demasiado previsível e repentino: aí é que devia haver continuação!

Não obstante, gostei da história e esta não se limitou apenas ao romance, mas também a outros aspectos da vida de Timmie que deram também vida ao livro.

Em suma, foi um bom romance, maioritariamente numa cidade romântica, mas não foi um livro excelente.