Quando leio um livro, reparo sempre em algumas gralhas. Sim, é verdade,
ninguém é perfeito e quem edita os livros nos computadores pode deixar
escapar um erro ou uma falha, mas eu, no meu espírito perfeccionista,
penso logo «caramba, espero que voltem a editar este livro e que
corrijam este pormenor!».
Vá, não quero ser mazinha: há gralhas que tolero. Umas vezes é um acento
que é grave e está agudo, outras vezes é um travessão e está um ponto.
No entanto, já me deparei com alguns erros gramaticais que me fizeram (e
ainda fazem...) alguma comichão...
Bem, tenho esta pequena mania que pode ser irritante para alguns, mas
acredito que não serei a única! Vocês também são assim?
Olá! Há uns dias chegou este livro à minha estante: Flashback – Memórias Esquecidas, de Orquídea Polónia. Já há muito tempo que ouço falar deste livro e sempre tive interesse em lê-lo e, finalmente, vou ter essa oportunidade!
“O ar estava carregado, os meus
sentidos alertavam-me que algo de negativo se passava lá. As paredes
altas de cimento davam-me a sensação de estar presa. O chão de madeira a
chiar debaixo de mim provocava-me arrepios.”
Após um misterioso acidente, Anabela acorda sem qualquer memória
daquilo que teria sido a sua vida. Assim, vê-se envolvida num mar de
incerteza e solidão, sem qualquer vestígio da pessoa que fora um dia. As
suas novas amizades permitem-lhe ir descortinando o seu passado,
encontrando toda uma vida prévia ao acidente: uma família, uma casa
luxuosa e um marido. No entanto, aquilo que ela descobre também a coloca
em perigo e as suas memórias tornam-se alarmes sonantes de um passado
imperfeito. Deverá Anabela confiar na vida que tivera um dia e nas
pessoas que lhe eram próximas? Ou deverá construir um novo caminho
segundo o que lhe dita o coração?
Sinopse: "São três da manhã e o sono parece não querer chegar. As memórias são
tantas: os dias vividos, as fotografias espalhadas por esta mesa e a
certeza... de que te amo acima de tudo nesta vida. Poderia passar o
resto dos meus dias a escrever-te, a contar-te tudo o que despertas em
mim, tudo o que fizeste para mudar a minha história. No fim de contas,
fizeste de mim um homem melhor, um lutador que te abraça nas noites
frias, que te beija nos instantes de loucura, que te protege em todos os
dias desta nossa paixão."
Opinião:
O Homem Que Me Fizeste Ser é um diário pessoal onde o autor escreveu memórias,
pensamentos e tudo o que sentia em relação ao amor e à sua amada,
através de versos, pequenos textos e até fotografias.
Inicialmente, achei o livro muito monótono e repetitivo, pois notei que
os textos falavam basicamente do mesmo assunto, mas à medida que avancei
na leitura, fui apreciando um pouco mais. Isto porque o diário teve
início em 1990 e continuou até 2016 (com alguns interregnos), ou seja,
não falou apenas do amor que o escritor sente pela sua mulher, mas também
das suas vivências como casal, das experiências mais íntimas e dos bons e
maus momentos que foram partilhando com o passar dos anos e que
permitiram a construção de uma vida a dois.
Deixa-me morrer a teu lado, depois de viver uma vida inteira... contigo.
Gostei particularmente da parte final, que é uma conclusão do diário e
onde o autor faz referência à necessidade, acima de tudo, de haver amor
próprio para se ser capaz de amar o outro.
Este é um livro para se ler e observar com calma, de modo a desfrutar de
cada frase, de cada sentimento, de cada conselho. Apesar de ser um
livro a preto e branco, não transmite tristeza. Transmite, sim, muito amor e é, de facto, um livro muito
bonito!
Talvez nunca seja tarde... para amar como da primeira vez. Talvez o que se precise é de um tempo, um tempo que nos dê a certeza – a firmeza de que o sentimento é maior do que o medo. Talvez existe sempre esse momento... e é nele que passamos a viver, que passamos a conhecer o verdadeiro sentimento – capaz de nos fazer mais humanos.
Viva! A minha biblioteca não pára de crescer! Desta vez juntou-se o livro Síndrome de Antuérpia, de João Felgar, à minha colecção. Tenho apreciado cada vez mais literatura portuguesa e, sendo este um romance, espero vir a gostar do livro.
No princípio tinha corpo e nome de homem. Depois partiu da
aldeia, foi-se embora. Quando voltou era uma mulher, com um nome
estranho e um passado de estrela dos palcos. Mas talvez fosse mentira.
Por algum tempo foi atração de uma boîte de beira de estrada. Até à
noite do incêndio, quando lhe deram o nome de Castiça, e se tornou a
tola da aldeia.
Anos depois, no primeiro sábado da Quaresma, a Castiça apareceu morta ao
fundo da pedreira, trazendo ainda vestida a roupa que usara no corso de Carnaval.
Nesse mesmo dia, prenderam Justiniano Alfarro. Seria tudo um logro, um embuste, porque
Justiniano era o mais perfeito dos homens. Mas nenhuma voz se levantou
quando o levaram, e todos aceitaram a notícia num silêncio cúmplice.
Todos, menos as mulheres que o amaram.
Antuérpia, sua filha, é uma
dessas mulheres. Convencida de que enfrenta um conluio, prepara-se para
repor a verdade procurando-a no passado do pai. Mas engana-se, porque a
origem de tudo está no futuro da aldeia.
Uma aldeia que foi ferida e está doente, mas que não sabe sequer o nome da doença que a atingiu.
É verdade, o blogue faz hoje um ano! Como o tempo passa!
Há um ano, não imaginava o quanto este blogue iria crescer. Li muitos livros, conheci vários autores de todas as partes do mundo e também outros leitores que foram visitando e seguindo o que eu publicava. O que começou por ser um cantinho bastante pessoal, tornou-se um local de partilha do gosto pela leitura com o mundo. E que bom que assim foi!
Espero poder continuar a alimentar este blogue e também espero merecer as vossas visitas! Obrigada! 😀
Nikki St. James wants to get married more than anything. But what’s she
to do when her fiancé spends his days sucking up to her rich father
instead of helping with the simple task of, oh, setting a date?
Why...fake a fling with the best man, of course!
Nikki is the first to
admit that ambushing Alex Hart and whisking him off to secluded Lake
Eden is a tad desperate. But maybe pretending she’s hot for the handsome
history professor will kick-start the attention of her future groom.
Besides, a sojourn at a lakeside cabin is exactly what uptight Alex
needs. Not that Nikki cares what he needs or how sexy he is....
Alex
is not on-board with Nikki’s plan. Yeah, he’d love a break from his
quest to achieve tenure at warp speed, but getting kidnapped by a crazy
blonde hardly tops his to-do list. If what he’s heard is true and Nikki
is perfectly happy with her “open” engagement to his former college
roommate, why bother getting married?
Quickly, he realizes Nikki isn’t a
wild party girl at all. She’s cute, sweet — and faithful. Against his
common sense, he’s falling for her. Should he spill the beans about her
cheating fiancé? Or will he ruin his own chance for a happy ending?
Review/opinion:
Borrowing Alex is a romantic comedy which, in the beggining, didn't
captivate my full attention. That might be due to Nikki, the girl who borrowed Alex, kidnapping him, in an ultimatum attempt to her fiancé,
Royce. I found this act too foolish and desperate and it gave me a bad
image of her. However, as I kept my reading, I felt just like Alex:
jumped to conclusions about Nikki without knowing her well enough.
Along the story, Nikki and Alex meet each other (just like they were
completely strangers) and new and beautiful feelings start growing.
I think that the end is too predictable. Despite that, I enjoyed very
much the comedy aspects in the story and truly loved Nikki's pets: two
dogs, a cat and then a bunny (also a snake appeared in the story, but I
don't like snakes: I respect them!).
In general, I liked this book. It is light, funny and also makes us look at what really matters for true love.
I recommend this book to everyone who loves romances in general. Read it, it's worth it!
Olá! Chegou à minha estante um novo livro: A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert, de Joël Dicker. Este é um exemplar de edição limitada, de capa dura, e é lindo! Adoro livros de capa dura, pois têm um ar mais clássico e embelezam qualquer biblioteca. Este thriller parece-me ser bastante empolgante e, como já ouvi falar muito (e bem) do autor, acredito que vou gostar desta história!
Verão de 1975, Aurora. Nola Kellergan, uma jovem de quinze anos, desaparece
misteriosamente da pequena vila costeira de Nova Inglaterra. As
investigações da polícia são inconclusivas.
Primavera
de 2008, Nova
Iorque. Marcus Goldman, jovem escritor, vive atormentado por uma crise
da
página em branco, depois de o seu primeiro romance ter tido um sucesso
inesperado. Sente-se incapaz de escrever, e o prazo para entregar o novo
romance expirará dentro de poucos meses.
Junho de 2008, Aurora. Harry Quebert, professor universitário e um dos escritores mais respeitados
do país, é preso e acusado de assassinar Nola Kellergan, depois de o cadáver da
rapariga ser descoberto no seu jardim.
Alguns
meses antes, Marcus, amigo e discípulo de
Harry, descobrira que o professor vivera um romance com Nola, pouco
tempo antes do desaparecimento da jovem. Convencido da inocência de
Harry,
Marcus abandona tudo e parte para Aurora para conduzir a sua própria
investigação. O objectivo é salvar a sua carreira, escrevendo um livro
sobre o caso mais quente do ano, e dar resposta à incógnita que inquieta
toda a América: Quem matou Nola Kellergan?
Um dos maiores clássicos da
literatura para crianças, lido por milhões em todo o mundo. Ninguém
esquece este pequeno herói de enorme coragem!
A chegada de Stuart Little à família foi
uma surpresa para todos: os pais e o seu irmão George são humanos, mas
Stuart é um ratinho. Vivem juntos em Nova Iorque, com o gato Snowbell,
e as coisas nem sempre são fáceis para Stuart devido ao seu tamanho.
Cedo revela inteligência e coragem, mas é quando resolve procurar a sua
melhor amiga, uma pequena ave chamada Margalo, que ele mostra a sua
bondade e determinação. Ao enfrentar de forma brilhante todas as
dificuldades com que se depara, Stuart Little prova que a força de um
herói não se mede pelo seu tamanho, mas pela sua audácia.
Livro
de estreia de E. B. White na literatura para crianças, repleto de
peripécias e de personagens irresistíveis, A História de Stuart Little é
uma obra inesquecível sobre a perseverança e a amizade.
Opinião:
A História de Stuart Little é um livro enternecedor, tanto para
crianças como para adultos. Stuart Little é um ratinho muito corajoso,
inteligente e perspicaz que, não obstante o seu tamanho, mostra à sua
família e às pessoas com que se cruza o seu valor e resiliência perante
as dificuldades.
O livro é muito bonito, pois adoro o género de ilustrações que vão
acompanhando os textos e que tornam a leitura muito mais agradável. Os
capítulos são curtos e relatam episódios diferentes na vida de Stuart
Little. E eu imaginei-me logo a ler para uma criança antes de ela
adormecer... Penso que contar peripécias engraçadas e ao mesmo tempo
moralizadoras são óptimas para lhes contar antes de dormir!
Following his debut
collection, 'je suis noir [i am black]', Chris releases his sophomore
poetry project entitled 'The Quiet Way'. This collection features poetry
celebrating childhood innocence, dealing with depression and deepening
thoughts of suicide, and ultimately rises into redemption and
reconciliation.
"You are more than the pill. You are more than the blade. You are more than the mistake. You are more than the diagnosis. You are more than the suicide attempt."
Review/opinion: The Quiet Way is a collection of poems written by someone who suffered
with depression and attempted suicide. These poems are divided in four
chapters, in which we can find Chris' childhood memories and his darkest
period in life. On the other hand, he speaks a lot about love and his
relationship with God that, somehow, helped him to overcome his problems.
Also, his poetry is full of metaphors and his words give many advices to
our lives.
I enjoyed a lot these poems, but two of them touched my heart, specially this one:
Fear Itself I do not fear the smoking gun But the man who pulls the trigger I do not fear the pointed hood But the man who calls me nigger
I do not fear the Lord
But the man who claims His voice
I do not fear death
But the boy who holds the choice
I read this book in one day but I think people should take
their time to enjoy every word and every feeling they get. I truly
recommend this reading to those who are in the same situation as Chris
Lilley did, or know someone who are still dealing with depression. This
book is very inspirational.
Thank you, Chris, for sending me a signed copy of this amazing poetry book. All the best to you!
Finalmente chegou o dia! Ontem à noite, no Coliseu dos Recreios,
decorreu a Grande Final do Festival da Canção 2017. Além do desfile de
músicas, foi também celebrado o 60.º aniversário da RTP. Foi um evento
espectacular, arrojado, completamente diferente das anteriores finais do
nosso Festival, mas teve um pequeno problema: acabou demasiado tarde
para um Domingo. Apesar disso e a muito custo, consegui ver até ao fim!
Relativamente às canções, notei alterações nas actuações e louvei os
esforços para as melhorarem, mas houve algumas que, a meu ver, não
conseguiram.
A Gente Bestial continuou bestial. Adoro a música, mas mantenho a
minha palavra: a letra só faz sentido em português e em Portugal,
portanto não era uma boa aposta para ir a Kiev.
A actuação do Pedro Gonçalves desiludiu-me um pouco. Achei o volume do
instrumental demasiado baixo e, ainda assim, a voz dele mal se percebeu
em algumas partes. Comecei logo a imaginá-lo no palco da Eurovisão com
estes problemas e a prestação dele a ser fraquinha. Depois disto,
fiquei com mais dúvidas em relação a esta música...
Gostei da actuação da Lena D'Água. A voz dela é limpa e perceptível, e a
música é feliz. Não era uma música para o ESC, mas não deixa de ser uma
boa canção.
Salvador, Salvador... Estranhei no início mas fui entranhando com o
tempo. O que dizer quando todo o coliseu o aplaude fervorosamente no
início, durante e no fim da actuação? Estava visto que era o favorito.
Mesmo com problemas técnicos, ele cantou como se estivesse em casa. Não, não
me refiro à sua indumentária, mas à maneira de cantar. Já gosto bem da
música, talvez já a adore, e a prestação dele foi bonita.
Penso que o Fernando Daniel foi quem mais se esforçou em melhorar a sua
actuação. De todos, era o que mais queria ganhar mas parecia que estava
desapontado com as reacções do público. Não era para menos... Eu também
fiz um esforço para gostar mais da música, mas ela é estranha. E desta
vez ele teve companhia no palco: Noa, a violinista, e dois homens
que levavam uma guitarra portuguesa e uma guitarra eléctrica. Aquilo
ficou ainda mais estranho com eles e com os instrumentos... A voz dele
foi impecável, mas simplesmente a música não dá!
Gostei das flores, das cores, das pétalas no vestido (dele nem tanto),
da felicidade na música, mas não tanto da voz da Celina. Os refrões
ficaram sem as vozes do coro e a voz dela fraquejou. A música é mesmo
bonita, mas se é para falhar assim a voz é melhor não ir lá fora!
A Deolinda, infelizmente, passou tão despercebida neste Festival que já
nem me lembrava que ela tinha passado à final. Fiquei a gostar um
bocadinho mais da música, mas é demasiado esquecível para o ESC.
Os Viva la Diva foram fantásticos. Gostei ainda mais hoje da música
deles e foi a melhor maneira de fechar o leque de canções. O único senão
foi mesmo o coro extra que puseram: no refrão, houve excesso de
vozes...
Não podia faltar o medley de canções. Mas desta vez foi lindo, muito bom mesmo! Tornaram a só cantar músicas antigas, mas foi memorável.
Passados os festejos e discursos de aniversário, chegou a hora das
votações. As pontuações de cada região foram divulgadas da mesma maneira
como fazem no ESC, portanto deu também para matar algumas saudades
(nunca mais chega Maio!). O Salvador Sobral teve as pontuações máximas
de quase todas as regiões, e aí logo vi que ia ser ele a ganhar. Os
votos do público foram um pouco diferentes, mas já quase nada havia a
mudar: o Salvador ganhou o Festival.
Não foi surpresa e até gostei que ele tivesse ganhado. Imediatamente vi
muitos comentários positivos, outros nem tanto, mas que me deixaram
esperançosa.
Pode não ser uma música festivaleira, pode a Europa não gostar muito
dela ao início, pode até não ser candidata a vencer, mas pelo menos é
cantada em português. E no meio de tanta canção cantada em inglês, modéstia à parte, a nossa língua é música para os ouvidos de todos!
Cândido ou o Optimismo é uma das mais célebres obras de François-Marie Arouet, Voltaire (1694-1778). Publicada anonimamente em 1759 é logo identificado o seu Autor e nesse mesmo ano a obra conhece vinte edições, seguindo a sua fama para Itália e Inglaterra onde é traduzida. Voltaire foi o introdutor de um género de conto que utiliza a ironia para revelar criticamente a realidade do mundo em que vivia: utiliza a ficção como interrogação e os seus personagens agem por vezes em contradição com o senso comum da época. Em Cândido, o seu herói confronta-se regularmente com o optimismo veiculado pelas teorias de Leibniz (o melhor dos mundos possíveis), ou o seu nome não exprimisse precisamente a ideia de candura que o optimismo gera na adversidade através da existência do mal e da justiça divina.
Olá! Venho mostrar-vos o novo livro que chegou à minha estante: A História de Stuart Little, de E. B. White. Este é um clássico da literatura infantil mas, obviamente, a sua leitura não se limita às crianças. E este livro é tão bonito que fiquei rendida a ele! Além de que me deu bastantes saudades da minha infância... 🙂
Um dos maiores clássicos da
literatura para crianças, lido por milhões em todo o mundo. Ninguém
esquece este pequeno herói de enorme coragem!
A chegada de Stuart Little à família foi
uma surpresa para todos: os pais e o seu irmão George são humanos, mas
Stuart é um ratinho. Vivem juntos em Nova Iorque, com o gato Snowbell,
e as coisas nem sempre são fáceis para Stuart devido ao seu tamanho.
Cedo revela inteligência e coragem, mas é quando resolve procurar a sua
melhor amiga, uma pequena ave chamada Margalo, que ele mostra a sua
bondade e determinação. Ao enfrentar de forma brilhante todas as
dificuldades com que se depara, Stuart Little prova que a força de um
herói não se mede pelo seu tamanho, mas pela sua audácia.
Livro
de estreia de E. B. White na literatura para crianças, repleto de
peripécias e de personagens irresistíveis, A História de Stuart Little é
uma obra inesquecível sobre a perseverança e a amizade.
A vida, às vezes, pode ser aborrecida. Três amigos
(e um cão) decidem fazer uma viagem ao longo do rio. Depois de uma
preparação atribulada, embarcam numa jornada que se transforma
num acontecimento ímpar nas suas vidas.
O pequeno barco torna-se o
epicentro de uma série de aventuras e peripécias inusitadas, tão
absurdas como caricatas, reunindo uma variedade de temas improváveis
como a sátira social, a filosofia e o humor numa descrição absolutamente feliz
e conseguida da natureza humana.
Este é um livro bem-humorado e divertido, que
faz o elogio da vida ao ar livre, da vida boémia, da amizade e dos
afetos, da busca do sentido da vida, das férias de verão intermináveis e
da suave memória dos tempos já idos.
Apesar de contar uma
história na qual está tudo continuamente a dar errado, este livro narra
uma viagem incrível e divertidíssima e transforma-se num autêntico
manual de autoajuda literária que nunca esqueceremos e que todos
deveriam ler.
Opinião:
Senti-me muito entusiasmada por ler este livro, pois adoro histórias
bem-dispostas e, depois de ter lido alguns policiais, esta leitura
serviu para desanuviar um pouco.
Neste livro, três homens (o próprio autor, Jerome, e os amigos George e
Harris) e um cão, Montmorency, partem numa viagem de barco que será,
certamente, a mais desastrada mas divertida viagem de sempre!
O livro é bem-humorado do início ao fim. No decorrer das peripécias, as
personagens vão-se lembrando de episódios que se passaram com elas ou
com outras pessoas, e a forma irónica como o autor os descreve (e, por vezes,
critica), aliada ao facto de serem completamente verídicos, torna esses
momentos hilariantes.
À parte da viagem, Jerome K. Jerome faz algumas descrições maravilhosas
das várias paragens ao longo do rio, as quais me levaram a imaginar como
seriam na época em que a obra foi escrita.
Gostei também do facto de haver um pequeno glossário no fim a explicar o
significado de alguns termos utilizados referentes à navegação. É
sempre uma mais-valia quando aprendemos algo novo ao ler um livro!
Apesar de ter sido escrito no século XIX, o livro é bastante actual. É, de facto, um livro que todas as pessoas deveriam ler!