Título: Os Vampiros do Norte
Autor: João Carlos Pinto
Editora: Chiado Editora
Ano: 2017
Sinopse:
O protagonista e narrador de Os Vampiros do Norte é
Trigo Roxo, o inspetor da PJ mais temido pelos criminosos nacionais,
multinacionais, espirituais e galácticos. A trama principal começa com a
perseguição a um vampiro made in Portugal e termina com o
resgate de escravos portugueses da barbárie perpetrada por pérfidos e
sanguinários vampiros do norte, nos alpes da Baviera. A talho de foice
da intriga principal, Trigo Roxo narra ainda outras operações que levou a
cabo com sucesso, onde todos os outros fracassaram: a libertação no
inferno, das garras de lúcifer, de dois dos poucos políticos que tiveram
entrada no Céu; a aniquilação da praga de mortos-vivos, comandados por
lobisomens, que se propagavam pela Sibéria e ameaçavam invadir todo o
mundo; a recuperação, no planeta Yoda, de móveis de sala de jantar de design
exclusivo, produzidos em Portugal, comprados, sem autorização do
fabricante, por extra terrestres descendentes de terráqueos; e muitas
mais aventuras de cortar a respiração.
Os Vampiros do Norte é uma sátira política que não vai deixar ninguém indiferente. O autor aposta o seu pescoço em como, até mesmo os leitores mais exigentes, quando chegarem à última página do livro, vão ficar com água na boca e a chorar (ou será a rir?) por mais.
Opinião:
Estava com alguma curiosidade em conhecer este livro, pois a sinopse
prometeu uma história bastante engraçada e até fantasiosa. Inicialmente, até achei
que iria ser uma história confusa, por causa da variedade de
acontecimentos enumerados, mas não foi o caso.
Na obra, temos o inspector da PJ Trigo Roxo, que é famosíssimo a nível universal, e que, na origem de um caso de investigação que só ele
poderia levar a cabo, vai contando o desenrolar desse e de outros casos
que ele conseguiu resolver.
Após esta leitura, o primeiro comentário que posso fazer é: o autor tem
uma imaginação muito fértil! De facto, ao longo do livro fui pensando
nisso mesmo e este é um aspecto muito bom. Às vezes, algumas coisas
pareciam demasiado inventadas, mas foram tão bem desenvolvidas que até
pareceram reais. Outra coisa que também gostei foi da ironia sempre
presente; tratando-se de uma sátira política, foram vários os excertos
que me fizeram rir e achar que isto devia ser lido por certas e
determinadas pessoas...
Contudo, devo dizer que não foi uma leitura perfeita porque me deparei
com demasiadas gralhas e erros ortográficos, o que, para mim, é fatal.
Desta maneira, fui perdendo várias vezes o fio à meada por me distrair
com essas falhas. Sim, poderia simplesmente ignorar, mas, como já
mencionei aqui e aqui, é algo que me faz muita comichão... Penso que a
revisão não foi muito boa e deveria ter sido feita por alguém que não o
autor.
Fora este pormenor, o livro é bom e merece ser lido, tanto para rir como para reflectir.
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