sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Música :: 1.ª Semifinal do Festival da Canção 2021

 
Chegou novamente a altura do ano em que a RTP nos presenteia com o Festival da Canção (FC). Depois de, no ano passado, a Eurovisão ter sido cancelada devido à pandemia, parte do entusiasmo foi por água abaixo e, admito, acabei por esquecer um pouco este meu gosto pela Eurovisão, de tal forma que nem sequer andei atenta às novidades e nem sabia quando iria ser o FC. A culpa é do Covid, certamente...

Apesar deste desleixo da minha parte, foi por mera coincidência que fui ao YouTube horas depois de as canções do FC terem sido partilhadas. Fui ouvindo por alto cada uma e continuei com as expectativas bem em baixo. Houve uma ou outra que se destacou, mas nem por isso as fui ouvir mais.

Também por acaso, fiquei a saber quando iriam ser as semi-finais e a final do FC através de uma conversa entre duas amigas fãs da Eurovisão. Andei mesmo a leste! 😂

Assim, no dia 20 de Fevereiro, decorreu a primeira semi-final do FC. Ao contrário do que vem sendo costume, esta semi-final teve dez canções em vez de oito. No geral, achei as canções muito calmas e pouco me cativaram, com certas excepções. Eis o que achei de cada uma:

Gosto muito dos The Black Mamba, particularmente do vocalista. Esta canção vai de encontro ao género deles e gostei muito da música. Pode ser uma boa escolha para a Eurovisão.
 
O fado é praticamente presença assídua nos festivais. Gostei da melodia e da voz da Valéria, além de a música ser boa, mas não sei se a Eurovisão iria ver esta aposta como mais do mesmo ou se iria ser uma surpresa.
 
Não desgostei totalmente da música nem da prestação, mas achei a música um pouco cansativa de se ouvir, além de que a intérprete parecia forçar um pouco a voz.
 
A canção não me cativou muito, mas gostei da voz e da interpretação da Nadine.
 
Gostei tanto desta música! Foi uma lufada de ar fresco ao palco e passou uma energia positiva. Seria uma boa aposta para levarmos à Eurovisão.
 
Admito: quando ouvi, não prestei a devida atenção; até ignorei a actuação. Mas ao ouvir de novo, reparo melhor na letra e na prestação da Fábia e penso que é das melhores da noite!
 
Esta foi mais uma música que achei mais cansativa e monótona, por isso não gostei muito (apesar de ter um bom título).
 
Adorei a sonoridade mais moderna de um tema tão caracteristicamente português: saudade. Gostei muito da voz e da letra, mas faltou algo na actuação para ser perfeita.
 
Adorei! Tão simples e tão maravilhosa! A simplicidade da voz, da prestação, do palco, tudo me fez lembrar o Salvador Sobral (e a voz dela lembra muito a Luísa Sobral). Não me importava nada que fosse esta a escolhida para nos representar!
 
Não desgostei mas também não adorei. E, durante a actuação, eu disse Como não reparei que ela estava grávida?. Ora bem, porque não estava e fazia tudo parte da actuação. 😁 Foi uma prestação original, mas não me fascinou.

Esta edição do FC foi sem público, como era de esperar, e foi estranho por não haver reacção do público (só meia dúzia de aplausos). Penso que as actuações perderam um pouco por não haver interacção entre as duas partes, mas teve de ser assim.

Gostei de ver e ouvir alguns cantores e antigos concorrentes a interpretar músicas que já passaram pela Eurovisão, como a Dora com Não Sejas Mau P'ra Mim.

No final, acabaram por passar: The Black Mamba, Valéria, Fábia Maia, Karetus & Romeu Bairos e Sara Afonso. Concordo com as canções escolhidas como finalistas e no próximo Sábado iremos conhecer mais dez canções, das quais sairão mais cinco para a final!

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Opinião :: O Tatuador de Auschwitz | Heather Morris

Título: O Tatuador de Auschwitz
Autora: Heather Morris
Editora: Editorial Presença
Ano: 2018

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Sinopse:
Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.

Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver gravando, com uma tinta indelével, uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele próprio, criando assim aquilo que se veio a tornar um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.

Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que irá agradar a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram
A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela por vezes nas mais terríveis circunstâncias.

Opinião:
O Tatuador de Auschwitz é um livro que foi muito divulgado desde que foi lançado em 2018 e eu tive sempre muita curiosidade em ler.

Nesta obra, conhecemos a história de Lale, um jovem eslovaco que foi para Auschwitz e que teve a tarefa de tatuar os números que iriam identificar cada prisioneiro que lá chegasse. Foi a fazer o seu trabalho que se apaixonou por Gita.

Lale sempre foi um homem convicto e resiliente, e a vontade de viver para ter um futuro com Gita foi o que lhe deu forças para sobreviver cada dia naquele terror. No meio da guerra, ele foi dos poucos que teve alguma sorte e privilégios que o ajudaram a viver e a ajudar algumas pessoas.

Esta história foi baseada em relatos do próprio Lale em conversa com a autora. A forma como Heather Morris descreveu este testemunho é um pouco romantizada, mas existem na mesma momentos muito pesados que demonstram a realidade por lá vivida.

Por mais livros que leia sobre o Holocausto, haverá sempre algo novo que me marque e me faça compreender o que aconteceu naquele marco tão triste na História Mundial.

Estou muito curiosa para ler a sequela A Coragem de Cilka, já que foi uma personagem importante neste livro e gostaria de conhecer melhor a sua história.

Este é mais um óptimo livro para se ler e saber mais sobre a Segunda Guerra Mundial.