segunda-feira, 30 de março de 2020

Divulgação :: Foi na Serra que Nasci | Manuel António João

“Foi na Serra que Nasci” reúne poesia popular alentejana em livro
Obra assinada por Manuel António João tem selo Chiado Books

 Título: Foi na Serra que Nasci
Autor: Manuel António João
Editora: Chiado Books
Ano: 2019

Comprar: Bertrand | WOOK | Chiado Books

É com o característico estilo alentejano que a obra Foi na Serra que Nasci é apresentada ao público. A reunir as populares quadras poéticas da região portuguesa, o autor, Manuel António João, conduz o leitor numa viagem por temas quotidianos e também da sua vida. Desde muito jovem, teve de trabalhar para garantir o próprio sustento e, com isso, aprendeu a superar qualquer adversidade.

Publicado pela Chiado Books, o livro já está à venda em todo o país. O livro surgiu a partir de quadras que foram escritas pelo seu pai, António João. E numa conversa com poetas populares e idosos da aldeia de Felizes, o assunto veio à tona e surgiu o interesse de preservar a poesia alentejana.

“Mais tarde já em Lisboa, adoentado e com tempo para matar, escrevi uma poesia para um passatempo na rádio, que para meu espanto, ganhei. Depois, as injustiças do quotidiano e da sociedade, bem como algumas questões pessoais, levaram-me a escrever as quadras populares alentejanas presentes na obra”, relata o autor.

Este livro é para ser lido

Este livro é para ser lido
Perdoe-me esta ousadia
Porque eu fiquei convencido
Que você gosta de poesia

Pode não ser muito bonita
E não mereça a vossa atenção
Esta não é erudita
É de minha inspiração

Foi feita com muito empenho
Um empenho pertinaz
Aqui dou o melhor que tenho
E de melhor não sou capaz

Eu só consigo escrever
Se estou mesmo inspirado
Se me conseguir ler
O meu muito obrigado
Sobre o Autor
Manuel António João nasceu em Felizes, freguesia de São Barnabé, na serra alentejana, em Fevereiro de 1944, filho de António João e de Maria das Dores. Frequentou a escola primária, onde completou a terceira classe. Saiu de casa aos 11 anos para trabalhar na casa de um casal de idosos. Com 14 anos, resolveu comprar os livros da quarta classe, estudou-os por inteiro, e sem frequentar a escola, fez o exame com sucesso.

Aos 17 anos, em Março de 1961, com o apoio dos tios, foi trabalhar para as pedreiras de Pêro Pinheiro, em Sintra. Em Agosto, trocou as pedreiras por uma mercearia e taberna, em Albarraque. Durante três anos, trabalhou alegremente das oito da manhã à meia-noite.

Aos 20 anos, foi trabalhar para uma padaria que lhe permitiu ter tempo para estudar e ter explicações seis vezes por semana. Completou o primeiro ciclo, actuais 5.º e 6.º anos, e já na tropa completou o 5.º ano, equivalente ao 9.º ano. Mais tarde, e já empregado numa fábrica, completou o 7.º ano, equivalente ao 12.º ano. Não frequentou a universidade porque entretanto casou e teve dois filhos. Frequentou alguns cursos de formação na empresa, que entretanto foi dissolvida, dispensando-o com 23 anos de casa.

Felizmente, Manuel António João já tinha aprendido um outro ofício, a restauração e encadernação de livros. Este novo ofício proporcionou-lhe o contacto com todo o tipo de literatura, o que o tornou um amante de livros e da leitura. Acometido de doença grave e sem nunca ter escrito nada, surgiu-lhe aos 73 anos a inspiração para a poesia. Tentou recuperar as quadras do seu pai, António João, mas já era tarde, e só algumas foram recuperadas. Em fevereiro de 2017, resolve participar num concurso de poesia, “Os Enamorados por Lisboa” para o dia de São Valentim, e ganha com o seu primeiro poema, Lisboa Altar do Amor. Surpreendido com a notícia da vitória, inspirou-se para escrever mais dois sonetos sobre Lisboa: Lisboa Cidade do Amor e Lisboa Cidade Privilegiada.

E nunca mais parou.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Coisas de leitora #6

Leitores, como tratam dos vossos livros? 📚

Como leitora cuidadosa com a própria biblioteca, eu sou aquele tipo de pessoa que gosta de manter os seus livros o mais impecáveis e intactos possível. Se já tenho cuidados enquanto leio um livro, mais cuidados tenho com os livros que tenho nas estantes.

Uma das coisas que mais me irrita são os autocolantes, geralmente do preço que se encontra na contracapa, mas também de promoções ou de publicidade na capa. Quase sempre, esses autocolantes não saem bem e ficam os enervantes bocados de cola que, com o tempo, agarram pó e deixam marcas escuras nos livros.
Para acabar com isso, arranjei uma maneira muito fácil de retirar os autocolantes dos livros: vapor de água! Basta colocar o livro sobre uma fonte de vapor de água durante uns segundos e torna-se muito mais fácil de descolar. No final, costumo passar um pano ou algodão para retirar a humidade e limpar a capa de algum resíduo que tenha ficado. O livro fica como novo!
⚠️ Atenção: isto resulta em capa mole. Em capa dura também deve resultar, mas tenham cuidado se a capa for de um papel mais fino.

Outra coisa que me chateia são as marcas que as moscas (e não só) costumam deixar nos livros que ficam parados muito tempo nas estantes, geralmente nas lombadas. Quantas vezes não olho para os livros e vejo umas pintinhas pretas que me enervam? E o que é que eu faço? Simples: com algodão e um bocadinho de água micelar, limpo a capa e todas as manchas saem com facilidade. Finalizo igualmente com um pano ou algodão seco para secar ou retirar possíveis resíduos que tenham ficado e já está!

Estas são duas das minhas técnicas de cuidar um pouco melhor dos meus livros. E vocês? Têm estes hábitos? Conhecem outros? Contem-me tudo! 😉

segunda-feira, 23 de março de 2020

Resultado do Passatempo :: "A Última Viúva"


Viva! Hoje venho divulgar o vencedor do passatempo que aqui decorreu, em jeito de comemoração do quarto aniversário do blogue. É verdade, o blogue fez quatro anos no dia 18, mas, devido à conjuntura actual e aos tempos difíceis pelos quais também tenho passado, foi-me impossível manter-me actualizada no blogue e divulgar mais cedo o resultado. No entanto, não vou esperar mais tempo e aqui fica o vencedor (neste caso, vencedora):

N.º 14 - Alexandra Guimarães

Muitos parabéns! Irei tratar do envio do livro assim que a situação da pandemia melhorar. Muito obrigada pela compreensão e também pela participação!

quinta-feira, 12 de março de 2020

Livro recebido :: "Que Sombra Te Acompanha"

Título: Que Sombra te Acompanha
Autor: Tiago Gonçalves
Editora: Mosaico de Palavras
Ano: 2018

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Todos somos emigrantes, nem que seja só uma vez. Todos deixamos o nosso lugar de origem para vivermos noutro lugar, nem que seja só por algum tempo. Pouco importa se vamos de uma cidade para outra, de um país para outro, ou se apenas de um lugar para outro. Talvez só abandonemos as raízes em que nascemos por outras completamente diferentes. Talvez só emigremos profissionalmente. Pouco importa, as dúvidas acompanham-nos, as questões que colocámos também.
Neste livro acompanhamos um sonhador que partiu à procura do mundo que lá não tinha. Agora ele é uma sombra do que foi, sem a alma de outrora, vivendo confortado com pouco conforto. Nesta tarde, contudo, encontra mais do que procura e do que pediu. Nunca quis, mas hoje revisita a sua vida numa conversa que é mais que um fortuito reencontro.

domingo, 8 de março de 2020

Música :: Final do Festival da Canção 2020


No passado dia 7 de Março, decorreu a grande final do Festival da Canção de 2020. Foi também a celebração do 63.º aniversário da RTP e a efeméride mereceu uma abertura especial do programa por parte dos apresentadores (Filomena Cautela, Vasco Palmeirim e Inês Lopes Gonçalves), com um grupo com as tradicionais roncas e o corpo de bailarinos que tornou a abertura ainda mai' linda!


De seguida, voltaram a actuar as canções finalistas desta edição e, desta vez, num palco bem maior e mais eurovisivo. No geral, todas as canções melhoraram bastante em relação às semi-finais, o que tornou mais difícil a escolha das favoritas. Apenas achei que a actuação do Jimmy P não foi tão fantástica como a primeira e que a presença da Marta Carvalho no palco com a Elisa não foi a melhor escolha, apesar de não ter desgostado totalmente.


Depois das actuações e durante as votações, houve dois momentos de medleys que celebraram o boom do rock português. Foram ambos magníficos, mas aquele em que a Lena D'Água cantou foi o mais espectacular!


Entretanto, chegou a altura do anúncio dos resultados. Os votos do júri surpreenderam-me; todos eles deram 12 pontos ao Filipe Sambado, à excepção da região da Madeira, que deu 12 pontos à Elisa.
O maior suspense foi e é sempre quando se conhecem os resultados da votação do público. Ou foi impressão minha, ou a Filomena Cautela ficou desiludida por o Jimmy P ter ficado no meio da tabela?! 🤔 O que é certo é que houve suspense quase até ao final e a grande disputa foi entre a Elisa e a Bárbara Tinoco. E a vencedora acabou por ser a Elisa, que não obteve a pontuação total de nenhuma das partes e conseguiu ainda assim vencer!


A canção que irá representar Portugal na Eurovisão deste ano é muito bonita e merece todo o nosso apoio. Espero que consigamos chegar à final e que tudo corra bem em Roterdão! 😃

quarta-feira, 4 de março de 2020

Divulgação :: Sobre Mundos | Pedro Piva

Primeiro livro da série medieval "Sobre Mundos" é lançado em Portugal e no Brasil
Publicada pela Chiado Books, obra é assinada por Pedro Piva

Título: Sobre Mundos
Autor: Pedro Piva
Editora: Chaido Books
Ano: 2019

Comprar: Chiado Books

Sobre o livro:
O primeiro livro da série de ficção medieval “Sobre Mundos”, que engloba três décadas (entre 1476 a 1506), já está disponível em livrarias de Portugal e do Brasil. Publicada pela Chiado Books, a obra é assinada por Pedro Piva. A trama principal gira em torno de duas famílias, que têm as vidas marcadas pela ação de outros em nome da fé: os Gatéls e os Alcácer.

Nesta primeira parte da história, o menino judeu Isaac Gatél, após ter sido capturado e batizado como cristão é enviado como grumete para uma missão de espionagem ao Novo Mundo, a mando do rei de Portugal, Dom Manuel. O rei queria refazer o Tratado de Tordesilhas, com uma nova demarcação entre as terras portuguesas e espanholas. Na viagem, Isaac conhece o seu desafeto, o menino Emanuel de Alcácer, um fervoroso cristão. A partir de então, diversos conflitos e outros personagens e desafios surgem, sempre a testar a fé dos rapazes.

Os livros seguintes, que ainda estão a ser finalizados, completarão a trama, que se passa em Lisboa, Alcácer, Monsaraz e Óbidos, e também na Ilha de São Tomé e Príncipe, no período da sua colonização, no reino de Benin, na Costa Africana, Toledo, no reino de Castela, e ainda o Brasil recém descoberto.

— Escrevi essa série literária com o objetivo de provocar no leitor o interesse pela história pouco contada ou pouco entendida e, mesmo se tratando de uma ficção realista, também falar sobre o comportamento humano, como ele se molda de acordo com ambiente e os nossos interesses pessoais onde uma simples decisão pode afetar a vida de todos que convivemos, ou não.

A série possui personagens e acontecimentos reais e fictícios onde a maioria é de origem portuguesa. Entre os personagens reais, há o rei Dom Manuel I e Duarte Pacheco Pereira. Entre os personagens fictícios, os dois personagens centrais, os meninos Isaac Gatél e Emanuel de Alcácer, além dos jovens lisboetas Henrique Cão (homenagem a Diogo Cão), Nuno de Toledo (homenagem a Nuno Álvares Pereira), Simão de Monsaraz (homenagem a Simão Salvador de Cabo Verde e Pero da Covilhã), Eanes de Alcácer (homenagem a Gil Eanes) e Tito de Óbidos.

— A série demorou dez anos para ser concebida. Isso porque exige-se muita responsabilidade de um autor quando se fala em personagens reais. Houve um trabalho intenso de pesquisa onde a maioria dos assuntos históricos não são encontrados com facilidade. Usei a religião e o comportamento humano como pano de fundo para dar estrutura a história, pois tratasse de meus assuntos preferidos devido a “elasticidade literária” que o tema nos permite — afirma o autor.

Saiba mais
É impossível falar sobre a baixa Idade Média (final do século XIV e início do século XV) sem citar a importância de Portugal. A contribuição histórica foi fundamental para a escolha e o cenário da série. Os acontecimentos reais são descritos da seguinte forma:
  • Livro 1 - SOBRE MUNDOS - O tema central é o Tratado de Tordesilhas e a Conversão Forçada dos Judeus em 1497 (ocorre em Lisboa e no Brasil).
  • Livro 2 - SOBRE MUNDOS II - O RESGATE DE ABSALOM - O tema central é A Colonização de São Tomé e Príncipe em 1472 (ocorre em São Tomé e Lisboa).
  • Livro 3 - SOBRE MUNDOS III - ESPADA CONSUELO - O tema central é A lenda de Preste João em 1485 (ocorre em Lisboa, Monsaraz e Abissínia).
  • Livro 4 - SOBRE MUNDOS IV - DESEJO E TRAIÇÃO (título provisório) - O tema central é a Santa Inquisição e a Peste Negra em 1476 (ocorre em Toledo, Alcácer e Lisboa).
  • Livro 5 - SOBRE MUNDOS V - É A LUZ DO SOL - O tema central é o Pogrom de Lisboa em 1506 (ocorre em Lisboa).

domingo, 1 de março de 2020

Música :: 2.ª Semi-final do Festival da Canção 2020


No dia 29 de Fevereiro, além de ter sido um dia especial por só aparecer de quatro em quatro anos, foi também dia da segunda semi-final do Festival da Canção (FC). Este certame teve apresentação de Sónia Araújo e de José Carlos Malato e foram apresentadas as restantes oito canções das dezasseis que estavam a concurso.

Assim, aqui ficam as canções:

Gostei muito da música! Só achei que a voz dela não teve muita projecção e que a actuação merecia ser mais impactante.

A música até não era má, mas não sei se seria boa para o ESC.

Adorei a coreografia e a força da música, mas foi demasiado Vês ou não?... Vi de mais!

Gostei muito, nota-se bem que a canção foi composta por Dino D'Santiago. Gostei particularmente da pequena coreografia das coristas aliadas à intérprete.

Música muito bonita que me deu vontade de dançar, mas acho que era bastante repetitiva com o narué aé... A Elisa Rodrigues tem um poder vocal muito bom mas não teve a melhor música.

Simplesmente não...

Muito boa voz, mas a actuação foi demasiado simples e a melodia da canção fez-me recordar os festivais de há cerca de dez anos.

Fiquei colada ao ecrã durante esta actuação! Não sou propriamente fã de rap, mas o bom rap tem sempre uma boa história impactante e é declamada por bons artistas. Adorei a letra, o ênfase que Jimmy P foi dando ao longo da música e o pequeno coro gospel tornou a actuação ainda mais espectacular! Adorei!

Os finalistas desta noite acabaram por ser: Kady, Elisa Rodrigues, Tomás Luzia e Jimmy P. Concordei com quase todos os finalistas; só trocaria o Tomás Luzia pelos Dubio feat. +351.
No próximo Sábado, iremos finalmente descobrir quem irá representar Portugal este ano na Eurovisão!