terça-feira, 19 de março de 2019

Livro recebido :: "Sobe a Maré Negra"

Olá! Este é mais um livro que juntei à minha biblioteca: Sobe a Maré Negra, de Margaret Drabble. Este é um exemplar assinado pela autora, que o torna ainda mais especial. A história aborda a vida e o envelhecimento; apesar de ser um assunto algo negro, acredito que o livro traga uma certa lufada de ar fresco ao tema.

Já o conhecem?

Título: Sobe a Maré Negra
Autora: Margaret Drabble
Editora: Quetzal Editores
Ano: 2019

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Sinopse: 
Fran pode ser velha, mas não vai desistir sem luta. Por isso, pinta o cabelo, saboreia cada copo de vinho e percorre incansavelmente as estradas do país.

Embora trabalhe com uma ONG, vão longe os seus dias do que se chama «vida ativa» - aqueles em que criava os filhos, em que tentava aprender a cozinhar e a lidar com um marido muito ocupado e bastante ausente. Agora, aproveita os momentos de solidão e liberdade como pequenas ilhas de uma felicidade quase perfeita. À sua volta, porém, o mundo prossegue o curso de vida e morte, e não falta variedade às maneiras como as pessoas (o seu grupo de amigos e conhecidos) se entregam ao destino final.

Com ecos de Simone de Beauvoir e Samuel Beckett, este romance é uma meditação sobre a morte, e uma interpelação sardónica e comovente do que torna uma vida boa - e a morte também.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Opinião :: As Dez Figuras Negras | Agatha Christie

Título: As Dez Figuras Negras
Autora: Agatha Christie
Editora: RBA Coleccionables
Ano: 2008 (1.ª edição de 1939)
 
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Sinopse:
Dez pessoas são convidadas a passar uns dias numa ilha privada: mas o seu misterioso anfitrião não aparece e começam a ser assassinadas uma a uma, seguindo as ingénuas instruções de uma canção de embalar.
 
Opinião: 
A minha irmã aconselhou-me a ler esta obra por considerar ser uma das melhores de Agatha Christie. Por isso, escolhi este livro como a minha mais recente leitura. 
 
A própria sinopse é breve e sucinta. A história relata o incrível caso em que dez pessoas completamente diferentes são convidadas a passar uns dias à Ilha do Negro, lugar onde não encontrarão o seu anfitrião e, uma a uma, serão assassinadas. Na casa da ilha, existe em cada quarto uma lengalenga que diz o que virá a ser o fatídico destino de todas as personagens. 
 
A história é simplesmente incrível; fez-me lembrar os reality shows em que as pessoas vão para uma casa, ficam isoladas e experienciam uma aventura – neste caso, as dez visadas percebem aos poucos o propósito do convite e, ao longo das mortes, vão tentando descobrir quem será a próxima vítima, tentando também dar a volta à lengalenga. 
 
Durante toda a leitura, só me questionava Como era tudo isto possível?. O final explicou ao detalhe toda a razão de isto acontecer e de como foi elaborado pelo assassino. Simplesmente incrível. Mal fechei o livro, apetecia-me bater palmas! 😃 
 
Até ao momento, dou razão à minha irmã: este foi dos melhores que já li de Agatha Christie!

domingo, 10 de março de 2019

Livro recebido :: "As Flores Perdidas de Alice Hart"

Bom dia! Recentemente, chegou este livro cá a casa: As Flores Perdidas de Alice Hart, de Holly Ringland. Há já muito tempo que andava a namorar este livro, porque apaixonei-me pela capa: foi amor à primeira vista! 😍 Além disso, a própria história parece-me ser encantadora e acredito que vou gostar de a ler.

Quem conhece este livro? Já o leram?

Título: As Flores Perdidas de Alice Hart
Autora: Holly Ringland
Editora: Porto Editora
Ano: 2018

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Sinopse: 
Alice tem nove anos e vive num local isolado, idílico, entre o mar e os canaviais, onde as flores encantadas da mãe e as suas mensagens secretas a protegem dos monstros que vivem dentro do pai.

Quando uma enorme tragédia muda a sua vida irrevogavelmente, Alice vai viver com a avó na quinta de cultivo de flores que é também um refúgio para mulheres sozinhas ou destroçadas pela vida. Ali, Alice passa a usar a linguagem das flores para dizer o que é demasiado difícil transmitir por palavras.

À medida que o tempo passa, os terríveis segredos da família, uma traição avassaladora e um homem que afinal não é quem parecia ser, fazem Alice perceber que algumas histórias são demasiado complexas para serem contadas através das flores. E para conquistar a liberdade que tanto deseja, Alice terá de encontrar coragem para ser a verdadeira e única dona da história mais poderosa de todas: a sua.

domingo, 3 de março de 2019

Música :: Final do Festival da Canção 2019


A final do Festival da Canção poderia ter sido muito bem uma final da Eurovisão! Penso que foi a melhor gala de Festival de sempre! E digo isto só pelo número de abertura que foi incrível! A chegada dos apresentadores ao som de três músicas eurovisivas com letras originais (quase de certeza que o Palmeirim teve mão naquilo) e a aparecer no ecrã, foi um belo momento de karaoke cá em casa! 😃 A sério, foi espectacular.

Logo de seguida, ouviram-se as músicas finalistas:


Os Calema estiveram mais descontraídos mas senti-lhes uma ligeira pressão para fazer boa figura; como eram um dos favoritos e não estavam propriamente bem classificados, eles esforçaram-se por brilhar... No entanto, achei que exageraram nas vozes... e o falsete foi arriscado! Só me lembrei do falhanço do Isaiah da Austrália de 2017!

Ai musiquinha, musiquinha... Nunca vou conseguir gostar de ti... Se bem que a voz da Mariana Bragada é muito boa e acho que se sobressaiu mais desta vez.

Não notei grandes alterações porque a voz dele é quase perfeita! 😀 O Matay foi muito apoiado, mas de certeza que a claque queria tentar destacar-se perante os tubarões (aka Osíris team)...

Ai, adoro! Adorei! É mesmo preciso saber escutar e assistir a isto para se aprender a gostar. E ainda foi melhor do que na semi-final!

Também achei que o NBC esteve mais à vontade, de tal forma que por vezes a voz não saiu tão bem. Mas adoro a música e mereceu estar ali.


A música não se destacou muito, mas gostei. E gostei mais da mensagem que passaram através das pinturas faciais: as bandeiras de Israel, Colômbia, Venezuela e Brasil, países que desejam paz.

ESPECTÁCULO! Este poderia ter sido o espectáculo da final da Eurovisão! Viram o público ao rubro do início ao fim? Que loucura! E desta vez eles mudaram a indumentária e acrescentaram adereços, que a mim fizeram alusão aos anjos e aos diabos do céu, para onde ele tentou ligar. 😀 Por sua vez, o coro desapareceu 🙏 e a actuação só ficou a ganhar! O vencedor estava escolhido.

A música é boa e a Ana Cláudia melhorou e puxou pela actuação, mas ficou ofuscada pelo brilharete do Conan e isso foi a sua maior desvantagem.
 

Depois do desfile, apareceu o Armando Gama a cantar a música com que nos representou em 1983. Mais tarde, houve Pressão no Ar com humor ao Vasco Palmeirim, que deu mote à actuação da Anabela. Ainda houve a surpresa com a Vânia Fernandes e a música daquele saudoso ano de 2008. Todas tiveram arranjos diferentes, mas sinceramente achei-os demasiado básicos. Apesar disso, ficaram bem.

Não podia, obviamente, faltar a Cláudia Pascoal e a Isaura, apresentando cada uma os seus últimos trabalhos e cantando a canção do ano passado.

As votações chegaram e não me lembro de ter havido escolha tão unânime como esta: o Conan Osíris arrecadou 12 pontos de todos os júris, excepto o do Algarve que lhe deu 10. Eis o vencedor!


Os Telemóveis escangalharam o melhor Festival da Canção de sempre e em Maio vai escangalhar em Telavive, em Israel! Mal posso esperar! 😉

sexta-feira, 1 de março de 2019

Opinião :: As Visões de Simão | Marianne Fredriksson

Título: As Visões de Simão
Autora: Marianne Fredriksson
Editora: Editorial Presença
Ano: 1999

Comprar: Bertrand | WOOK

Sinopse:
Entre as neblinas que se erguem do mar e as névoas que velam as silhuetas dos carvalhos, ao fundo do prado, um rapazinho moreno fala com as personagens de um mundo que para ele são reais. Respondem-lhe. Ele reencontrá-las-á muitos anos mais tarde e esse encontro será decisivo na sua vida.
O romance passa-se na Suécia entre os anos 20 e 60 e este menino virá a descobrir que foi adoptado por aqueles a quem chama pai e mãe. Na escola, um dia, chamar-lhe-ão «porco judeu» e encontrará um outro menino, Isak, que fora torturado por um grupo de jovens nazis, na Alemanha. Crescerão juntos. O pai de Isak, Ruben, será também um pouco o seu pai. Depois a sombra negra desaparecerá, mas deixará marcas indeléveis nos jovens, então nessa idade tão cheia de perigos de passagem para a adultícia. Simão partirá ao encontro do fascinante mistério das suas origens, na orla dos bosques escandinavos onde a realidade se confunde com a lenda, e saberá que foi gerado pelo amor feito música.

Opinião:
Este foi um dos livros que adquiri na feira da Vandoma, cuja autora e obra desconhecia. Desde o início acreditei que não seria uma leitura fácil, mas estava mesmo curiosa em relação ao livro.

A história decorre maioritariamente na Suécia, nos tempos da Segunda Guerra Mundial e tem como figura principal Simão, um menino com feições diferentes dos demais e judeu, além de que tem uma particular ligação às árvores e à música. Ao longo do livro, conhecemos a vida deste menino e da sua família, bem como da de Isak e da relação que estes terão durante a vida. Simão é sonhador e vamos seguindo as visões que vai tendo, que o ligarão à sua origem.

A história está repleta de natureza e de beleza nas palavras, apesar de relatar alguns marcos da História da Guerra. É possível acompanhar também o estado psicológico das personagens, quer tenha a ver com a guerra ou com a vida pessoal.

A leitura não foi muito fácil; por vezes, achei a narrativa muito complexa e difícil de compreender, pois nem sempre era directa, mas no fim tudo encaixou e tornou-se num bom livro. A forma de a autora escrever mostra a sua peculiaridade e a sua capacidade imaginativa. Acabei por ganhar carinho pelas personagens e isso é muito bom!

Em suma, apesar do tempo que levou a ser lido, foi um livro que mereceu ser descoberto!