Título: Mariana, meu amor
Autora: Margarida Rebelo Pinto
Editora: Clube do Autor
Ano: 2015
Sinopse:
No século XVII, durante a Guerra da Restauração da independência de
Portugal, soror Mariana Alcoforado apaixonou-se por um oficial francês.
As cartas de amor que lhe escreveu transformaram-se num símbolo da
literatura romântica universal. Trezentos anos depois, Alice revisita esta história e aprende com Mariana a vencer a
tristeza de um amor perdido.
Mariana, Meu Amor é um romance dentro de um
romance, uma narrativa a duas vozes de duas mulheres corajosas que,
através de vivências quase opostas, conseguiram desafiar o seu destino e
alcançar a paz, sem negar os seus sentimentos mais profundos.
Opinião:
Estava expectante em relação a este livro pela ligação que existe entre o
passado e o presente, com um toque de História e muito romance. Agora
que o li, não sei bem o que achei... Gostei mas não adorei.
No livro, encontrei Alice, uma jornalista freelancer, que relata a
Pedro, o homem que lhe partiu o coração, a sua vida antes e depois de o
conhecer, tanto em Lisboa como no Rio de Janeiro, a forma como está a
lidar com o fim da relação deles e de como descobriu e aprendeu com
Soror Mariana a seguir em frente nestas situações. Alternadamente,
aparece Mariana a ditar a sua história a uma noviça do Convento de Nossa
Senhora da Conceição, em Beja, acerca do seu caso amoroso com o cavaleiro francês
Noël Bouton.
Soror Mariana ficou conhecida pelas suas cinco cartas escritas a Noël,
onde desabafa o seu desgosto mas também lhe garante que o vai esquecer.
Apesar de ter ocorrido no século XVII, este caso tornou-se transversal a
qualquer época.
Relativamente ao livro, pensava que ia encontrar mais aspectos
históricos; as palavras de Mariana não se alongaram muito além do prazer
carnal que conheceu com Noël e dos sentimentos que lhe teve ao longo da
vida. Das cartas, quase nem sinal delas! Só há alguns excertos e por
vezes até se repetem. É certo que não esperava lê-las a todas
integralmente, mas sinto que ficou aquém do que imaginava.
Quanto a
Alice, achei-a um bocado ingénua, apesar de ser uma mulher independente e
determinada.
O que mais gostei foi da
constante menção a Mariana nos textos de Alice, principalmente quando se
referia ao amor e à sua personalidade. No entanto, fiquei um pouco
desiludida com o final; pareceu-me demasiado romântico e levou-me a
pensar: "Tanta coisa para isto?". Foi um final um tanto abrupto e fora do
contexto. Mas percebi a intenção...
No final, há uma pequena cronologia interessante sobre Soror Mariana e alguns marcos históricos.
No geral, foi um livro bom de ler, mas não foi perfeito.
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