domingo, 18 de março de 2018

Opinião :: Duas Mulheres, Dois Destinos | Lesley Pearse

Título: Duas Mulheres, Dois Destinos
Autora: Lesley Pearse
Editora: Edições ASA
Ano: 2017

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Sinopse:
Na primavera de 1935, em Londres, duas jovens observam enquanto a polícia retira o cadáver de um homem de um lago. Elas vêm de mundos completamente diferentes. Ruby é filha de uma prostituta alcoólica e só conhece a pobreza e o abandono. Verity, de boas famílias, vive com todo o conforto que o privilégio garante. Mas, nesse dia, começa entre ambas uma amizade que perdurará ao longo do tempo.
 
O destino, porém, não tardará a mostrar quão traiçoeiro pode ser: ao passo que Ruby encontra, por fim, um lar onde é amada e acarinhada, Verity sofre revés atrás de revés, e um terrível segredo do passado ameaça destruí-la. A Grã-Bretanha prepara-se para a guerra, a conjuntura é turbulenta. Apesar disso, ambas continuam presentes na vida uma da outra… até ao dia em que uma delas profere as palavras: "Morreste para mim".

Num país dilacerado pela guerra, poderá a amizade sobreviver?
 
Duas Mulheres, Dois Destinos é um romance épico que nos fala de lealdade, amor, e da força dos laços de amizade perante as mais duras adversidades. Como sempre, Lesley Pearse não desilude…

Opinião:
Mais um livro lido desta autora que tenho vindo a acompanhar e tenho gostado. O género de história é semelhante aos outros que já li, mas o que me cativa mais são as diferentes épocas em que acontecem. Neste caso, desenrolou-se em plena Segunda Guerra Mundial, no Sul de Inglaterra.
 
As duas protagonistas são duas meninas que se conhecem por acaso e criam amizade, apesar das diferenças de estrato social. Entre elas vão descobrindo coisas sobre a vida e complementando as falhas uma da outra. Apesar do que lhes acontece mais tarde, é bom acompanhar toda a evolução da relação que têm, tendo sempre em segundo plano a evolução da guerra.
 
Este não foi de todo o melhor livro que li da autora, pois não me levou a reacções de extrema ansiedade, felicidade ou espanto; houve momentos de algum suspense mas que não tiveram nenhum efeito em mim. Nesse aspecto, a história foi muito monótona. Além disso, esperava um pouco mais de trama e não tanto final feliz, já que decorria uma guerra. Se bem que nem tudo tem de correr mal, não é? Tirando isso, gostei da história.
 
O que mais gostei no livro foi da alusão que me fez da situação que vivemos actualmente. Queiramos admitir ou não, o mundo vive sob uma guerra mundial. Veja-se o exemplo da Síria, que é o país mais fustigado e não vê paz há sete anos. Infelizmente, muitos outros continuam a sofrer bombardeamentos, ataques e carnificinas quase diariamente. E o que tem isto a ver com o livro? Bem, ao longo do livro, existem vários episódios de ataques aéreos que causaram destruição, mortes e medo na população, coisas que já li recentemente nos livros que relatam o que se vive na Síria (como partilhei aqui e aqui). Além disso, há menção do estado da guerra nos outros países do mundo, que resulta numa interessante fonte de informação histórica (e eu adoro quando há História no meio da história!). Apesar de a história ser ficcional, a Segunda Guerra existiu e infelizmente continua a não haver tréguas nas actuais.
 
Mas, guerras à parte e voltando ao livro, foi uma história bonita, contudo não foi a mais fascinante que já li. Mesmo assim, não deixou de ser agradável de ler.

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