domingo, 13 de maio de 2018

Música :: Final do Eurovision Song Contest 2018

 
Eis que chegou a Grande Final da Eurovisão! E que começou de uma maneira muito portuguesa, com a actuação de Ana Moura e Mariza a interpretar Amália Rodrigues. De imediato, surgiram os Beatbombers que tocaram o tema que tantas vezes ouvimos durante estes últimos meses pré-eurovisivos e que acompanhou o desfile das bandeiras. E assim se deu o tiro de partida para o desfile das canções!
 
De um modo geral, as actuações foram tão boas ou ainda melhores do que as primeiras. Penso que é normal; os cantores sentem-se mais à vontade e levam a actuação com um espírito mais leve. Quanto aos big 5 e Portugal, aqui ficam os meus comentários:
  • Espanha – O casal mais querido da Eurovisão levou uma balada muito romântica e feliz que me encantou. Não é hábito da Espanha levar canções deste género, mas ainda bem que assim o fizeram!
  • Portugal – Emocionante actuação da Cláudia Pascoal e da Isaura! A música é muito bonita e arrepia pelo seu significado, mas tenho noção de que não era uma prestação digna de vitória; aliás, ganhámos... o último lugar! Querem maior gesto de cavalheirismo por parte do país anfitrião? 😆
  • Reino Unido – Foi uma surpresa para mim! Não tinha chegado a ouvir antes esta música e nunca tive vontade de o fazer, mas gostei muito quando a ouvi ao vivo! Foi pena aquele incidente da invasão do palco; era mesmo escusado (como todos os que já aconteceram)... Ou melhor, será que foi mesmo pena? É que houve um imediato apoio do público a cantar e a incentivá-la a continuar, e a partir daí, a actuação ganhou mais poder! E reflectiu-se nas apostas online – saltou disparada para o 5.° lugar, quando eu vi... Acho que neste caso foi um mal que veio por bem!
  • Alemanha – Quando a Alemanha escolheu esta canção, uma amiga minha disse que a tinha adorado. Eu ouvi um bocadinho mas não consegui ouvir mais porque a achei tão insossa... Contudo, na final soube o significado da letra e ouvi com mais atenção; que cruel eu fui a julgar precipitadamente! Foi mesmo um momento emotivo e uma bonita homenagem ao seu pai.
  • França – Foi sempre vista como uma possível vencedora, mas também só a quis ouvir do início ao fim na final. E adorei! Imaginei que fosse uma música mais negra referente ao tema dos refugiados, mas é completamente o inverso! É uma música leve, que passa esperança e positividade. Très bien, France!
  • Itália – Foi a última a fazer-se ouvir, mas foi uma óptima maneira de terminar o desfile! A letra é poderosíssima e foi inteligente irem passando traduções em várias línguas no ecrã. Além disso, gostei muito da melodia. Inclusivamente, foi a música preferida da minha mãe! 🙂
 
Enquanto a Europa e a Austrália votavam, passaram no palco grandes vozes, como a de Sara Tavares, de Dino D'Santiago e de Mayra Andrade, que ao som de Branko mostraram o casamento perfeito entre Portugal e África. E depois chegou o momento mais esperado: Salvador Sobral cantou e encantou com a sua mais recente música Mano a Mano, seguindo-se o dueto com Caetano Veloso a interpretar Amar Pelos Dois. Foi um momento especial para mais tarde recordar.

Fonte: www.eurovision.tv
 
Chegou a hora de conhecer as votações. Este ano foi totalmente diferente do ano passado; enquanto que em 2017 os 12 pontos caíam consecutivamente para Portugal, este ano o top 3 estava constantemente a mudar, tanto que a Áustria acabou por vencer o voto do júri! Que inesperado! Contudo, o voto do público alterou tudo... e Israel acabou mesmo por vencer.

A vitória não agradou a muitos, visto que havia quem a amasse ou a odiasse. Houve até uma polémica entre o Salvador e a Netta, pois ele disse que aquela música era horrível. E quando a vi ganhar, só queria ver a entrega do troféu! O Salvador entregou-lho dando dois beijos e desapareceu. Mais tarde, na conferência de imprensa, a Netta pronunciou-se acerca da polémica e disse que o Salvador lhe entregou o prémio com respeito, que é o mais importante.
Fonte: www.eurovision.tv
 
E assim terminou a Eurovisão em Portugal. Foi uma experiência única para o nosso país e é pena ter chegado ao fim. Mas para o ano há mais... em Israel!
(Aproveitando a deixa da música de Israel em 2015, Golden Boy: let them show us Tel Aviv!)

2 comentários:

  1. Creio que te enganaste ali nas votações. As primeira votações que vemos, contactando cada país, são os votos do jurí. A Áustria ganhou a votação do júri. A segunda parte da votação é que corresponde ao público, que obviamente deu vitória à Netta.
    Fiquei mesmo desiludida. Não costumo andar tão entusiasmada com a Eurovisão, mas este ano comecei a ouvir as músicas com bastante antecedência, já as sabia de cor e já tinha as minhas favoritas. Claro que tinha noção que aquela publicidade toda à volta da música da Netta ia muito certamente dar-lhe a vitória, mas guardava sempre uma esperança de que ela não ganhasse. Não gosto da música e acho que ela não merecia.
    E o Salvador entregou-lhe o prémio e desapareceu com uma rapidez. O que eu me ri!!
    Mas é como disseste, para o ano há mais, e se calhar não será em Israel por causa do conflito. Talvez tenham de realizar noutro país.

    Beijinhos

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    1. Tens razão; obrigada! Vou corrigir. Sabes que o "entusiasmo" desta vitória até me baralhou as informações... :P
      A desilusão este ano foi muito grande. Israel sempre foi favorita, mas pensava mesmo que era mais na brincadeira. Acabou por ser uma brincadeira bem séria...
      Também já me lembrei desse facto, mas até lá pode ser que as coisas melhorem e que possam realizar lá; seria muito bom sinal!

      Beijinhos :)

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