quarta-feira, 27 de abril de 2016

Opinião :: A Cada Dia | David Levithan

Título: A Cada Dia
Autor: David Levithan
Editora: Topseller
Ano: 2015
 
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Sinopse:
A cada dia, A acorda no corpo de uma pessoa diferente. Nunca sabe quem será nem onde estará. A já se conformou com a sua sorte e criou regras para a sua vida:
 
Nunca se apegar muito. Evitar ser notado. Não interferir.
 
«Se alguma coisa tenho aprendido, será isto: todos queremos que esteja tudo OK. Nem sequer desejamos fantástico ou maravilhoso ou espetacular. Ficamo-nos pelo OK porque, a maior parte do tempo, OK é suficiente.» – A
 
Tudo corre bem até que A acorda no corpo de Justin e conhece Rhiannon, a namorada de Justin. A partir desse momento, as regras de vida de A não mais se aplicam. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer estar a cada dia, todos os dias.

Opinião:
Já tinha lido várias apreciações acerca deste livro e estava realmente expectante. O certo é que não desiludiu!
 
A história é narrada por A que acorda todos os dias num corpo diferente. Durante 24 horas, A habita um corpo de rapaz ou rapariga de dezasseis anos e tenta adaptar-se à sua vida e rotina sem interferir muito. Desde que se lembra que sempre foi assim. No entanto, isso muda quando acorda no corpo de Justin e conhece a sua namorada Rhiannon. A vê que ela é especial e apaixona-se, desejando pela primeira vez manter-se naquele corpo. Continuando a saltar de corpo em corpo, A faz de tudo para poder estar com Rhiannon, acabando por interferir um pouco na vida de algumas pessoas que ocupa. Apesar de todos os esforços, as vidas deles não se coadunam e eles sabem que não podem ficar juntos.
 
A viveu em vários corpos em situações diversas: já foi toxicodependente, obeso, atleta e até imigrante ilegal. Em todos os casos, ele mostra-nos a sua visão pessoal dos problemas, de modo a que nós também nos coloquemos no lugar dessas pessoas e pensemos em como seria viver essas vidas. São temas actuais e relevantes que muitas vezes não são abordados e valorizados como deveriam.
 
Destaco também a opinião de A acerca da relação entre duas pessoas apaixonadas. A não tem género. Como se apaixonou por uma rapariga, inevitavelmente associamo-lo a um rapaz. Mas terá mesmo de ser assim? Como A refere, ele(a) apaixona-se por pessoas e não por géneros. E com esta visão, A é capaz de derrubar certos preconceitos.
 
E é com os ensinamentos de A que vamos absorvendo a história. A escrita simples da narrativa leva-nos a ler o livro de uma assentada. A cada dia que passa dá mais vontade de conhecer o seguinte, pois nenhum deles se repete. Assim, A ensina-nos a viver um dia de cada vez, dando valor aos pequenos pormenores e aproveitando cada momento.
 
Adorei o livro!

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